Londrina tem que voltar a ser ousada

Os caras foram chegando por aqui na década de 1930 abrindo a picada com machados, enxadas e muita esperança.

O povoado se transformou em uma vila, a vila em cidade e hoje temos uma baita metrópole.

Hosken de Novaes, José Richa e Alvaro Dias foram os três governadores do Paraná que iniciaram suas carreiras políticas aqui.  E ainda tem esse que está no cargo hoje, nascido em Londrina.

No final da década de 70, enquanto Curitiba era Arena – que apoiava os governos militares – Londrina era MDB, oposição, briguenta e guerreira.

Londrina teve seus momentos de ousadia.

Os prefeitos Antonio Fernandes Sobrinho construiu o Lago Igapó; Dalton Paranaguá, o Moringão; José Richa, a Via Expressa e, em poucos meses o Estádio do Café;  Wilson Moreira abriu a Avenida Leste-Oeste; Antonio Belinati, o Autódromo Internacional Ayrton Senna.

Nos últimos anos a cidade parece ter esquecido o significado da palavra ousadia.

Envolvida em diferentes escândalos de corrupção, Londrina foi se apequenando politicamente. Parece que, depois de tanta bandalheira,  tornou-se poibido ousar.

De segunda cidade em arrecadação de ICMS, caiu para quarto o quinto lugar no estado, dependendo do ano.

Londrina, praticamente, parou nos últimos tempos.

E quando o prefeito Alexandre Kireeff diz que quer duplicar a PR 445 – 78 quilômetros entre Londrina e Mauá da Serra -, sim um ato de ousadia já que esta deveria ser uma obrigação do governo do Estado – chovem as mais diversas críticas. Vira um nhem, nhem, danado. Por que não tapa os buracos das ruas? Por que não capina as praças? etc, etc. Ora, quem disse que não se pode fazer tudo isso e muito mais? Cidade que quer crescer, se desenvolver, não pode ficar apenas discutindo capina e roçagem.

Sim há criticas construtivas de gente interessada em resolver o problema já que o governo do Paraná, que demonstra não ter grana e nem vontade, vai demorar até esse restinho de século para tomar uma posição. Só para lembrar, por uma decisão política, o então Álvaro Dias mandou duplicar a ligação entre Londrina e Maringá. Até hoje, uma solução para as duas cidades.

Há também as críticas puramente políticas, que não constroem, feitas apenas para desgastar este ou aquele personagem.

Ora, o fato é que a PR 445 precisa sim ser duplicada. Os motivos são óbvios: o tráfego de veículos é intenso; com o aumento do número de veículos, os acidentes tornaram-se mais frequentes e graves, com mortes; é importante para melhorar a infraestrutura viária da região para as indústrias instaladas e que precisam enviar seus produtos para exportação e outras frentes de consumo; a duplicação é essencial para o desenvolvimento da região metropolitana.

Não sei se a solução seria a Caixa de Previdência dos funcionários da prefeitura participar do empreendimento; se a prefeitura tem que pegar a grana do Banco Mundial; fazer Parceria Privada, etc.

O que não dá é para ficar como está.

Cláudio Osti, jornalista, nascido na Vila Recreio e otimista por convicção

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5 Comments

  1. JORGE OLIVEIRA

    Solidarizo-me com o jornalista Claudio (paçoca), em gênero e grau, sou muito crítico com relação a políticos locais, mas desta vez devo parabenizar o prefeito Kireeff pela iniciativa de tentar peitar a construção da rodovia 445. Acredito que a maioria dos cidadãos de Londrina também são favoráveis ao crescimento continuo de nossa cidade.Parabéns Kireeff.

  2. BOCA DE SAPO

    quem disse que não evoluimos, do conto do vigario, passamos a ser referencia nacional em tranbicagem, fato que deve elevar nossa alta estima, pois num pais de malandros não é facil manter no topo….

  3. Rogério Fischer

    Apoiado.

  4. Sergio Silvestre

    Ué,essa obra não é de interesse da cidade????????Depois ficam dizendo das 69 curvas em 70 KM,estrada que ceifou familias inteiras de Londrinenses por causa de ser pista simples com muito trafego.
    Governos passaram e nada fizeram e as cruzes da beira da estrada só aumentam a cada ano e o prefeito teve sim uma ideia que qualquer londrinense de bem tem que comungar.
    Meta os peito prefeito e faça aquilo que governos nunca fizeram e enrolam para fazer,duplique esse corredor da morte.

  5. Regina Toledo

    Apoio a iniciativa e a idéia do prefeito Kireff: existe maior e melhor retorno do que pedágio? Se ele quer preservar o fundo de aposentadoria dos servidores municipais que invista em um negócio que dá retorno e seja útil do ponto de vista de logística para Londrina e Norte do Paraná. Como é que ninguém pensou nisso antes? A anta do Alberto Roberto Incompetente Rixa é que está apenas depenando os recursos dos servidores aposentados do Paraná. Ponto para Kireff!

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