Madre Leonia, rogai pelos motoristas da avenida que leva seu nome

Foto: Jornal da Gleba

Willhan Santin, jornalista

No final da gestão do ex-prefeito Alexandre Kireeff, houve intervenções na Avenida Madre Leonia Milito com o intuito de viabilizar uma ciclovia no canteiro central da mesma. Com isso, baias utilizadas para conversões, que adentravam o canteiro, sumiram para dar lugar à pista específica para as bikes.

Para evitar congestionamentos, uma das faixas de rolamento agora serve como baia de conversão. O estacionamento, por sua vez, foi retirado para servir como mais uma faixa de rolamento.

Aí, o motorista que vai continuar na Madre Leônia e está vindo pela pista da esquerda tem que desviar, pela direita, dos carros que estão parados aguardando a conversão e, logo à frente, depois do cruzamento, voltar para a esquerda, pois o estacionamento volta a ser permitido. Resumindo, tem que fazer um zigue-zague regulamentado, acompanhando as faixas pintadas no asfalto.

Não é nada de outro mundo. É só prestar a atenção na sinalização. Aí é que mora o perigo: boa parte do pessoal que se diz condutor dirige pensando na morte da bezerra, teclando no WhatsApp e/ou cantando músicas que tocam no autorrádio.

Hoje, no cruzamento da Madre Leonia com a João Wyclif (sentido Catuaí – Guanabara), fiz o zigue-zague como mandam as faixas kireeffianas, mas um sujeito que vinha num Palio e utilizou a baia de conversão como se pista normal de rolamento fosse achou que eu estava fechando-o. Buzinou. Proferiu que eu seria profissional do ramo de barbearias e insinuou que a minha mãe exerceria outro tipo de profissão.

Felizmente, não colidimos. Eu ia xingá-lo, mas estou muito tranquilo ultimamente e consegui chamá-lo apenas de bobo e feio.

Há outros dois zigue-zagues desses no sentido Guanabara-Catuaí, no entroncamento com a Avenida Garibaldi Deliberador e com a Rua Mar Vermelho.

Sinceramente, não tenho opinião formada se foi uma boa ou não transformar o canteiro em ciclovia. Acho que isso o tempo responderá. Mas quem dirige na Avenida Madre Leônia Milito deve ter muita atenção e, tendo fé, pode fazer uma prece pedindo a intercessão dela, que morreu vítima de um acidente automobilístico, em 1980, e, recentemente, foi intitulada como “Protetora da Vida no Trânsito”.

Willhan Santin, jornalista

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6 Comments

  1. Horrível

    Tem que dar um prêmio para o Gênio que projetou isso e outro para o que concordou.

  2. Ricardo

    Pra que fazer uma ciclovia ali. Quem fez essa bobagem. O mesmo que fez na Ayrton Senna. Porque não fizeram na Av. Rio Branco até a Saul Elkind. A é era o prefeito Palhano, o mesmo que alugou e reformou um imovel aos 45 do segundo tempo para Secretaria Municipal de Educação de uma colega. Obrigado Kireff por ser tão ” administrador” e ter conseguido ter devolvido para prefeitura de Londrina o Belinatismo( sarcasmo ). Valeu!! #nãoficakireff.

  3. Foi o dono que mandou?

    O mesmo ex prefeito que recapeou a rua Belo Horizonte a pedido de familiares?
    Ou as três quadras da rua Santa Mônica a pedido do dono da Unicesumar?
    Faltou terminar o recape (serviço porco hein Kirefi!) na frente do predinho de moradias, ali do outro lado da construção do galpão prémoldado do maringaense.

  4. maria

    lamentavel, kd os urbanistas e arquitetos q tanto criticaram a construçao da passarela do big ben (que ficou otima)? Não vi nenhum deles reclamando dessa aberraçao que ficou essa ‘ciclovia’ e os zig-zags na rua

  5. GGAS

    O trabalho sempre porco realizado por um certo “urbanista” que faz o sistema viário no IPPUL. Só o Kireeff e aquela “genialidade” da Ignes Dequeche pra aceitarem os projetos vindo desse dito “urbanista”.

  6. Triste Londrina

    Nenhum prefeito de Londrina será considerado sério enquanto simplesmente não acabar com essa fonte de nulidades, esse encosto chamado IPPUL.

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