Operação Lava a Jato chega na casa dos chefes

Na última semana tivemos dias que devem entrar para a história do Brasil.

Foram dias que deixaram claro o quanto ainda a nossa sociedade precisa avançar no combate à corrupção.

Primeiro foi a revista Isto É que antecipou sua edição de final de semana para mostrar as denúncias feitas pelo Senador Delcídio do Amaral (PT).

Ao propor a delação premiada, Delcídio do Amaral teria citado vários nomes, entre eles o da presidente Dilma Rousseff e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de detalhar os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração e aumentou ainda mais o caos que está o governo Dilma. Um dia depois, na sexta-feira, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser levado para prestar depoimento na Polícia Federal. A determinação foi do juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava a Jato.

Depois desta atitude do juiz não há mais volta. Ficou confirmado que Lula, a mulher dele, Marisa e os filhos são investigados. O ex-presidente, no seu tradicional estilo falastrão, não deu explicações ao Brasil, apenas fez os velhos discursos para a militância do PT. Atacou também o empresariado e instituições com a Confederação Nacional da Indústria. “Engraçado que as pessoas que estranham que eu cobro US$ 200 mil, não se preocuparam do Clinton vir aqui na CNI mês passado – Clinton esteve no 10 ° Encontro Nacional da Indústria, realizado em novembro de 2015, em Brasília – e cobrar UM MILHÃO SÓ DA CNI (pela palestra). E os vira-latas batem palma dizendo ‘nossa, como ele fala bonito’, ninguém nem entende o que ele (Clinton) fala, mas ‘como ele fala bonito’”, disse Lula. 

Lula tenta confundir a todos. Clinton, ex-presidente da maior potência econômica do mundo, cobrou bem menos do que Lula recebe das empreiteiras por suas palestras que ninguém assiste.

Temos que cobrar da Confederação Nacional da Indústria que se exija um pedido formal de desculpas. Não dá para aceitar que o setor produtivo do País, seja chamado de “vira-latas”. Não dá para aceitar que este senhor, que um dia foi presidente, transforme o Brasil em terra de ninguém.

Estas artimanhas do ex-presidente e de dirigentes do PT tem a intenção de provocar o caos, de transformar Lula em vítima, quando a vítima é o país que foi roubado por esse grupo.

Até o londrinense Gilberto Carvalho, braço direito de Lula e presidente do Conselho do Sesi Nacional, e que é pago com dinheiro arrecadado do setor produtivo, entrou na onda das ameaças. Disse ele à Folha de São Paulo – edição de hoje – que “uma eventual prisão de Lula seria brincar com fogo”. Carvalho, tal qual seu chefe, prestam um desserviço ao País.

Ora, então temos no Brasil um cidadão que é acima da lei? Acima do País e dos brasileiros? O Brasil virou refém de uma quadrilha?

Enquanto isso, o País continua parado, pois nada de produtivo é votado no Congresso, nenhuma ação política mais contundente é realizada para ajudar a tirar o Brasil da crise.

E isto traz uma insegurança muito grande para todos nós empreendedores que, por mais que tentemos, não conseguimos vislumbrar até onde isso pode chegar.

A nossa torcida e esperança é que agora a Operação Lava a Jato, chegando onde todos imaginavam que iria chegar, avance com mais celeridade, processando quem tiver que ser processado, punindo quem fez mal feito. Ninguém, absolutamente ninguém, pode estar acima da lei.

É o que esperamos que aconteça para que o Brasil volte a sua normalidade e o empresário volte a trabalhar com tranquilidade.

 

VALTER ORSI

Presidente do Sindimetal Londrina

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2 Comments

  1. Ana Luíza

    Quando o Valter Orsi vai falar da corrupção aqui de Londrina, na Receita Estadual, cujos beneficiados integram sua entidade? Não existe meio honesto, corrupção estadual, por ser do seu partidário pode?

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