A epidemia da jogatina
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, divulgou nota nesta quarta-feira (25) afirmando que os programas sociais de transferência de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade.
“A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa“, destacou.
A nota foi divulgada logo após publicação de nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC) que aponta que os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.
Dias afirma ter solicitado esclarecimentos ao Ministério da Fazenda e destacou ainda a proposta em andamento para a regulamentação desse mercado no Brasil.
“Tenho certeza de que o governo federal, ao tratar desse tema, levará em consideração a proteção dos mais vulneráveis e os impactos sociais que possam surgir”, reforçou, destacando que irá acompanhar a regulamentação e encontrar mecanismos para evitar que dinheiro dos benefícios sociais sejam utilizados em jogos.
“Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha”, disse, em nota.
O ocorrido só confirma que nunca foi um programa de segurança alimentar e sim de compra de voto e a situação ficou meio que constrangedora agora para o governo que insiste na tese.
Beneficiários não gastariam com celulares, roupas, lazer ou jogatina se houvesse mesmo a questão alimentar como predominante.
E a tese de compra de votos se confirma quando o Fernando Taxxad afirma não ver problema quando alguém que recebe uma verba de caráter alimentar usa uma parte dela para fazer uma “fézinha”.
https://economia.ig.com.br/2024-09-26/haddad-quer-regular-apostas-beneficiarios-bolsa-familia-bets–vicio-.html