Braço direito de Moro tem contratos substanciais com a Petrobras
da Veja
Considerado o braço direito de Sergio Moro na campanha presidencial deste ano, o escritório do advogado Luis Felipe Cunha é dono de quatro contratos com a Petrobras, estatal que foi o cerne das investigações da Lava Jato na época em que o então juiz de Curitiba era responsável pelos processos da operação na primeira instância. De todos os contratos, que totalizam 7,2 milhões de reais, três ainda estão em vigor.
As informações foram obtidas por VEJA via Lei de Acesso à Informação (LAI). Amigo de longa data de Moro, Cunha já havia confirmado publicamente que a Petrobras era cliente de seu escritório. Mas nunca tinha revelado até aqui os valores dos contratos que celebrou com a estatal.
Sediado em Curitiba, o escritório Vosgerau & Cunha Advogados foi contratado pela Petrobras pela primeira vez em 18 de julho de 2017 para tratar de temas relacionados a contencioso trabalhista no Paraná e em Santa Catarina. Na época, Moro ainda atuava como juiz da Lava-Jato e era o responsável pelos processos que apuravam corrupção na Petrobras.
O primeiro contrato – de 2,8 milhões de reais – foi firmado mediante convite, teve um aditivo e terminou e julho de 2020.
A seis meses de vencer o primeiro contrato, o escritório assinou outro – este ainda ativo – no valor de 1,5 milhão de reais. Sua duração se estende até junho deste ano e contou com quatro aditivos.
Em julho de 2020, as partes firmaram um novo contrato – também ativo até os dias atuais. Desta vez, no valor de 1,1 milhão de reais e sem especificar para quais regiões o escritório de Cunha prestaria os serviços. Esse contrato, que vence em janeiro de 2023, já possui dois aditivos.
O contrato mais recente firmado pela Vosgerau & Cunha com a Petrobras foi celebrado em maio do ano passado. Previsto para ser encerrado em maio de 2024, o escritório vai receber 1,8 milhão para continuar fornecendo serviços de contencioso judicial para a petrolífera. (leia mais)
Se a Vaza Jato revelou o modus operandi da Lava Jato pra prender Lula ilegalmente, Tacla Duran desnudou os interesses econômicos de gente que se fazia de muito honesta e santa. Pelo jeito debaixo de uma toga havia muito mais do que uma camisa preta. Será que o Paraná vai eleger outro senador depois de uma derrama de dinheiro às vésperas das eleições?