Comitê da ONU conclui que Moro foi parcial nos processos contra Lula

do UOL

O Comitê de da ONU (Organização das Nações Unidas) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial em seu julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva () no âmbito da Operação . A decisão — a ser publicada amanhã — é o primeiro internacional contra o ex-ministro da Justiça do de Jair Bolsonaro. O órgão também concluiu que os direitos políticos de Lula foram violados em 2018, quando ele foi impedido de disputar as .

Depois de seis anos de análise em Genebra, a decisão é legalmente vinculante e, com o tendo ratificado os tratados internacionais, o estado tem a obrigação de seguir a recomendação. Mas sem uma forma de obrigar os países a adotar as medidas ou penas contra os governos, o comitê sabe que muitas de suas decisões correm o risco de serem ignoradas.

No caso brasileiro, o STF (Supremo Tribunal Federal) já considerou que Moro agiu de forma parcial e anulou as condenações. Mas recomendações ainda serão publicadas pelo comitê da ONU e podem pedir medidas para reparar o dano sofrido por Lula.

O comitê é o encarregado de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil.

Tanto o governo como os advogados de Lula já foram informados sobre o resultado do caso, mas o anúncio oficial ocorre apenas nesta quinta-feira.

Procurada, a defesa do ex-presidente indicou que não poderia comentar o resultado por causa de um embargo imposto pela ONU.

Para a coluna, Moro declarou que só irá se pronunciar sobre a decisão do comitê quando tiver acesso ao seu conteúdo. Ele declarou, porém, que “o ex-presidente Lula foi condenado por corrupção em três instâncias do Judiciário e pelas mãos de nove magistrados” e que “sua foi autorizada pelo STF em março de 2018″.

“Foi uma ação institucional decorrente da corrupção descoberta na Petrobras. A empresa pertencente aos brasileiros já recuperou, aliás, R$ 6 bilhões por conta do trabalho da Lava Jato”, afirmou o ex-juiz.

Lula foi representado na ONU pelos advogados Valeska Zanin Martins e Martins, além do britânico Geoffrey Robertson. O órgão internacional avaliava o caso desde 2016.

A queixa envolvia quatro denúncias feitas pela defesa do petista, todas elas atendidas pelo comitê de forma favorável ao ex-presidente:

O Comitê concluiu que houve violação dos direitos do ex-presidente em todos os artigos.

STF já considerou que Moro havia violado regras do e anulou as condenações, permitindo que Lula esteja livre para se candidatar à Presidência em 2022. Mas, ainda assim, o processo continuou nas instâncias internacionais.

Foram duas as decisões do STF. A corte considerou Moro parcial e anulou as condenações de Lula por decidir que os casos não deveriam ter ficado com a Justiça do Paraná. (leia mais)

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Um comentário

  1. Ulisses

    Não foi só Moro o derrotado na ONU. O governo Bolsonaro também. Afinal de contas, nesse processo Moro e o governo Bolsonaro estavam grudadinhos, os dois contra Lula. Pior o Brasil que vai pagar ainda durante muito tempo pelos erros do senhor Sérgio Moro que, além de abrir a porteira para um governo neofascista, deixou milhões de desempregados e grandes empresas falidas. Moro pode enganar uns poucos aqui no Brasil com seu trololó trôpego e desafinado, mas, lá fora, está marcado como inquisidor e não juiz imparcial.

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