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Editor:
Cláudio Osti

Contrato firmado entre a prefeitura de Londrina e a FIPE, para um estudo sobre o lixo urbano, começa a ser questionada

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Essa é do perfil News Londrina, do jornalista Maurão:

A Prefeitura de Londrina realizou contratação de uma empresa para fazer o estudo da concessão do lixo no município. A notícia começou a ventilar nos bastidores e a News Londrina passou a acompanhar o caso de perto.

O contrato, firmado pela Prefeitura, foi de R$ 1 milhão com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) — e, para surpresa geral, o processo apresenta uma série de apontamentos técnicos e questionamentos que seguem sem explicação. Nos documentos analisados, há dois registros formais feitos pela equipe técnica da própria Prefeitura.

O primeiro revela que as cotações não foram realizadas pelo corpo técnico efetivo, como ocorre normalmente. Ou seja, o processo foi conduzido sem a participação dos servidores de carreira — o que contraria uma recomendação expressa do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), presente no Plano Anual de Fiscalização, que determina que esse tipo de procedimento deve ser conduzido por equipe técnica qualificada.

O segundo ponto é ainda mais grave: os próprios técnicos da Prefeitura constataram que a pessoa que assinou a proposta da FIPE não tinha procuração para representá-la.

Após a constatação, a fundação apresentou uma procuração para tentar regularizar a situação. Mas aí veio o detalhe que muda tudo: o documento foi emitido em 30 de abril de 2025, enquanto a proposta original da Fundação é datada de 15 de abril de 2025 — quinze dias antes da procuração existir.

Consultados pela News Londrina, advogados apontaram que, nesse caso, a proposta é inválida, o que significa que o processo não poderia ter seguido adiante.

Mas aí é que o rojão estoura:

Durante o processo, a CMTU sequer foi consultada, mesmo sendo o órgão que há décadas cuida da limpeza em Londrina.

A Prefeitura alegou falta de equipe técnica para justificar a contratação da fundação por R$ 1 milhão, mas ignorou quem, em teoria, mais entende do assunto.

Nos bastidores, a situação teria causado descontentamento dentro da CMTU e tensão com a atual gestão.
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4 comentários

  • Contrato de lixo é o que mais tem na CMTU.
    https://licita.cmtuld.org/contratos

    Lembrando que desde que era COMURB deu o rolo que cassou e prendeu Antonio Casemiro Belinati.
    Na CMTU de Homero Barbosa Neto trouxeram empresa baiana MM Consultoria que está no rolo das emendas parlamentares do União Brasil de Antonio Rueda e o UB da Bahia e do Nordeste.
    CMTU contratou a empresa do irmão e sobrinho do José Janene, falecido político enrolado com os Belinati, chamada VISATEC.
    Rolo é que não falta.

  • Mister Londrino

    A contratação direta da FIPE, ou seja, sem instauração de licitação, é questionada pelo país afora, no âmbito judiciário e dos tribunais de contas, justamente em virtude da falta de transparência e de critérios objetivos em relação ao preço contratado. Considerando-se que existem inúmeras instituições, inclusive com maior expertise que a FIPE no tema de coleta de lixo, se conclui que paira uma névoa de ilegalidade no ar.

  • NA MEDIDA DO POSSÍVEL

    Instituição com ficha corrida, como já mostrado dias atrás:

    https://sacidonorte.substack.com/p/o-etudo-e-da-fipe-mas-o-dinheiro

  • Serginho Severo

    Por que será que tudo nesse governo vira polêmica?
    Parece até roteiro de novela ruim, começa com barulho, passa por explicações mal dadas e termina com suspeitas no ar.
    Pelo andar da carruagem, o próximo capítulo pode ser no Ministério Público. E o final?

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