Gazeta do Povo diz que Sercomtel deu prejuízo milionário à sócia Copel

da Gazeta do Povo / Por Célio Yano

A venda da operadora de telefonia Sercomtel ao fundo de investimentos Bordeaux na terça-feira (18) encerra um capítulo incômodo para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que detinha 45% das ações da empresa londrinense. Adquirida em 1998 por R$ 186 milhões – mais de R$ 1 bilhão em valores atuais –, a cota de participação da Copel deve render à empresa menos de R$ 2 milhões ao fim do processo de alienação da telefônica, que agora depende apenas da aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser concretizado.

Aplicado em qualquer fundo que rendesse no mínimo a inflação no período, o investimento, feito em maio de 1998, equivaleria hoje a pelo menos R$ 1.019.494.086 na correção feita pelo IGP-M. Para se ter uma ideia, nesses 22 anos, a Sercomtel apresentou prejuízo líquido em 12 exercícios, incluindo no último ano, quando as perdas somaram R$ 22,98 milhões. Entre 1998 e 2019, o patrimônio líquido da operadora caiu de R$ 253 milhões (R$ 1,39 bilhão, em valores atuais) para R$ 60,1 milhões. (leia mais)

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10 Comments

  1. Biro

    A privatização da Sercomtel terá como consequência os mesmos efeitos das fusões e aquisições de empresas londrinenses por grupos nacionais ou internacionais. A Unopar que foi comprada pela Kroton é o maior exemplo. Demitem as pencas, não paga o ISS – ninguém sabe se está até hoje inadimplente com o município – e não gera mais divisas além de parte do corpo de funcionários está concentrado em BH. Aqui mesmo somente o básico. Com o Colégio Maxi idem. A Abril comprou e demitiu parte dos funcionários e fechou o escritório aqui. Hoje td por SP. E assim foi com outros negócios e será com a a Sercomtel. Logo ocorrerão as demissões que nossos empresários de direita e pro família tanto defendem. E o projeto de governo de Belinati, que preza pela expulsão do empresário de Londrina para Ibiporã ou Cambé estará concretizado. Quebrar a cidade de Londrina.

  2. MP neles

    Negativo, quem causou o prejuízo foram as partes que fizeram o negócio acontecer a toque de caixa, em véspera de eleições.

  3. André

    Essa conta do jornal é uma conta ingenua, ne? Nao consideraram o ganho intangivel disso, que foi financiar muitas campanhas politicas ao longo do tempo e comprar algumas chácaras por ai.

    Parabens aos eleitores que mantem essa organização criminosa no poder há muito tempo em Londrina.

    1. Bobão

      Eu li por aí que o adquirente é um Fundo de Investimento que estava suspenso e que foi reativado apenas 15 dias antes do Leilão. Será que foi reativado só para comprar a Sercomtel com um ágio de 900% num Leilão onde esse fundo era o único participante? Que baita negócio esse.

  4. Tá na cara

    E a reportagem sobre a empresa ativada 14 dias antes do leilão? É que está sendo investigada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL? Ninguem fala nada, ninguém suspeita de nada?

  5. Desconfiado

    Coincidência? A maioria das privatizações e deszestatizacoes no Paraná foram ante a das eleições, é só pesquisar. Não dá para desconfiar.

  6. Na canela

    Este jornal deveria melhorar o jornalismo investigativo. Quem foi que mandou a COPEL adquirir 45% das ações na véspera das eleições? Quem foi? O real prejuízo foi do Município e da própria SERCOMTEL, que não receberam um mísero centavo dos 186 milhões de Reais (atualizado para hoje seria algo em torno de 900 milhões de Reais), pois o dinheiro sumido no ralo e até agora o MPF não sabe o que aconteceu. E por falar em MP, tem algo muito obscuro e necessário para ser investigado.

  7. Antonio

    Acho que a chácara não é nada comparado ao sonho de ter o estado nas mãos… primeiramente ajudando a eleger Lerner e depois recebendo uma banana dos curitibanos.
    Os ratos da capital morderam muito mais do que os camundongos locais…

  8. Salomão

    Não foi a Sercomtel que deu prejuízo a Copel, foi a decisão errada da Copel comprar ações da Sercomtel, em maio de 98, às vésperas da privatização da Telebrás, em julho de 98. Decisão de risco diante da abertura do mercado do setor de telecomunicações ao setor privado pelo governo FHC. Faltou inteligência e visão para a Copel pular fora do negócio o mais rápido possível. Assim como faltou visão ao povo de Londrina quando decidiu contra a intenção do prefeito Nedson de vender a Sercomtel Celular, um setor que já se sabia, por quem era e entendia do ramo, completamente inviável diante da forte concorrência das megacorporações internacionais.

  9. CADE O MP

    Os cargos que a COPEL ocupou e ocupa dentro da Empresa viraram moeda de troca. A venda – entrega com pretexto de que a Empresa dá prejuízo nada mais é que uma negociata. Já foi visto no Banestado e agora os “Belinatis” fizeram na Sercomtel. Às vésperas de uma eleição, o prefeito que disse saber o “caminho das pedras” está acabando com os patrimônios públicos e pintando meio-fio pra ganhar a eleição, numa população que só vê e vive de aparências. Quando os empregos desaparecerem, como foi com as Indústrias que foram embora, aí sim… vão sentir na pele. CADE O MINISTÉRIO PÚBLICO? Corre-se o risco de investigarem o número do meu computador (endereço I.P.) mas não investigam o que está acontecendo nessa negociação.

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