Haddad quer taxar multimilionários do mundo

do G1

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (28) que pretende discutir uma taxação global mínima sobre a riqueza durante o G20.

Ele discursou na abertura das reuniões de ministros de Finanças e de presidentes dos bancos centrais do grupo, que acontecem hoje e amanhã em São Paulo. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também discursou.

O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O Brasil comanda o grupo desde dezembro do ano passado — a presidência brasileira se encerra em novembro deste ano, com a cúpula de chefes de Estado, no Rio de Janeiro. (saiba mais abaixo)

“Reconhecendo os avanços obtidos na última década, precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou Haddad.

Durante o discurso, o ministro afirmou que houve uma “confusão” da integração econômica global com a liberalização de mercados, a flexibilização das leis trabalhistas, a desregulamentação financeira e a livre circulação de capitais.

“As crises econômicas resultantes causaram grandes perdas socioeconômicas. Enquanto a hiperfinanceirização prosseguiu em ritmo acelerado, um complexo sistema […] foi estruturado para oferecer formas cada vez mais elaboradas de evasão tributária aos super-ricos”, disse.

Os temas discutidos durante o evento devem abordar:

  • combate à pobreza e à desigualdade;
  • o financiamento efetivo ao desenvolvimento sustentável;
  • a reforma da governança glob
  • a tributação justa;
  • a cooperação global para transformação ecológica;
  • e o problema do endividamento crônico de vários países.

Um dos principais temas abordados durante a trilha de finanças do G20 nesta quarta-feira (28) diz respeito ao combate à pobreza e à desigualdade.

Durante seu discurso, Haddad também reiterou que o “legado” da última onda de globalização trouxe um aumento substancial de desigualdade de renda e riqueza em diversos países, de maneira que o 1% de pessoas mais ricas do mundo detém 43% dos ativos financeiros mundiais. O ministro também afirmou que “não há ganhadores na atual crise da globalização”.

Segundo ele, a crise climática ganhou força e se tornou uma “verdadeira emergência”, de forma que os países pobres devem arcar com custos ambientais e econômicos crescentes, ao mesmo tempo que veem suas exportações ameaçadas por uma crescente onda protecionista e uma parcela significativa das suas receitas comprometidas pelo serviço da dívida, em um cenário de juros ainda elevados pós-pandemia.

“Embora, como disse, os países mais pobres paguem um preço proporcionalmente mais alto, seria uma ilusão pensar que países ricos podem dar as costas para o mundo e focar apenas em soluções nacionais”, afirmou Haddad.

“Em um mundo no qual trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob a pena da ampliação das crises humanitárias e imigratórias”, acrescentou.

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Um comentário

  1. Satanás

    Daqui a pouco chega aqui algum comedor de alfafa (que consegue pagar o IPTU só quando a prefeitura promove Refis no final do ano) pra defender os interesses dos megamilionários gringos. Quá! Quá! Quá!

  2. Genildo

    E tem hiena que ainda ri e bate palmas!
    Discurso da boca para fora, aquilo que o eleitorado mais abestado quer ouvir, na prática tem que agradar os mais ricos senão o sistema não se sustenta.

  3. Jeguildo

    Meu irmão Genildo está preocupadíssimo com essa situação

  4. Brendon

    esse retardado não consegue resolver os problemas nem do Brasil, vem falar essas bobagens pro resto do mundo, ninguém leva o Brasil a sério e de boa é merecido, país de m…

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