Itaipu e a farra das passagens aéreas e mordomias para o Judiciário

do Zé Beto

A revista eletrônica Crusoé escarafunchou os bastidores exoneração do diretor jurídico da Itaipu, Cezar Zilioto. Sobrou pra todo mundo, mesmo porque, segundo a reportagem, o advogado era protegido dos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. “Usina de mordomias” é a chamada da capa.  “Hotéis cinco estrelas, voos em classe executiva e férias esticadas: documentos obtidos por Crusoé mostram como Itaipu virou uma generosa fonte de recursos para bancar a doce vida de altas autoridades do Judiciário”. Segundo a reportagem de Caio Junqueira e Matheus Coutinho, o general Silva e Luna, que assumiu a diretoria geral este ano, trocou a maior parte da diretoria, rescindiu contratos com entidades jurídicas, mas teve dificuldade em demitir quem os assinava, ou seja, Zilioto. “O esforço de Gilmar e Toffoli para mantê-lo foi grande”, informa a revista. Isso durou até que um dossiê com detalhes da farra dos patrocínios na diretoria jurídica chegou ao Palácio do Planalto. “Foi o suficiente para que a exoneração, antes complicada, saísse”.

Segundo a Crusoé, a lista dos magistrados que de alguma forma tiveram despesas custeadas pelos cofres de Itaipu inclui seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal: o atual presidente da corte, José Antonio Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. Também aparecem na lista o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, e outros 18 ministros da corte. O rol de juízes de primeira instância e desembargadores é ainda mais extenso.

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