Militar professor é o novo Ministro da Educação

Tempos atrás, o novo ministro esteve no gabinete do prefeito Marcelo Belinati quando este, possivelmente, estreava a nova camisa

do G1

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25) por meio de uma rede social a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação.

Ele sucederá Abraham Weintraub, que, após 14 meses, anunciou demissão na semana passada para assumir um posto de diretor representante do Brasil no Banco Mundial, em Washington (EUA).

Decotelli será o primeiro ministro negro e o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro. Antes de Weintraub, Ricardo Vélez Rodríguez permaneceu pouco mais de três meses no comando da pasta.

Após o anúncio de Bolsonaro, o decreto com a nomeação do novo ministro foi publicado na versão eletrônica do “Diário Oficial da União”. Até então, desde a saída de Weintraub, Antonio Paulo Vogel de Medeiros comandava a pasta na condição de ministro interino.

Oficial da reserva da Marinha, Carlos Alberto Decotelli da Silva atuou como professor da Escola de Guerra Naval, no Centro de Jogos de Guerra, e presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto do ano passado. Depois, passou para a Secretaria de Modalidades Especializadas do Ministério da Educação.

Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

FNDE
Quando Decotelli presidiu o FNDE, a empresa Brink Mobil foi escolhida, por licitação, para fornecer material escolar para alunos da rede pública. O dono da Brink Mobil, Valdemar Ábila, foi preso preventivamente pela PF na Operação Calvário, da Polícia Federal em dezembro de 2019. O processo licitatório teve início em 2018. Em fevereiro de 2019, o FNDE e a Brink registraram a ata de registro de preços com valor total de R$ 374 milhões. Decotelli e Ábila assinaram o documento.

No último dia 1º, Bolsonaro nomeou para a presidência do FNDE, que administra um orçamento de R$ 54 bilhões neste ano, o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Marcelo Lopes da Ponte. Nogueira é um dos principais políticos do PP, sigla que integra o grupo chamado de Centrão, que se aliou ao governo. Lopes da Ponte é homem de confiança do senador.

O FNDE é uma das autarquias do MEC e responde pela execução de uma série de iniciativas de alcance nacional, como o Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD), o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

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3 Comments

  1. Gláucia

    A escolha de um ministro negro é bem estratégico, e da Marinha. Desde que não seja seguidor de Olavo de Carvalho, nem tenha o pensamento do Sérgio Camargo da Fundação Palmares, seja educado, e trate o Ministério da Educação com carinho e não tente inventar a roda. Ainda preferiria um nome oriundo da universidade pública da área da educação. Mas a prerrogativa da nomeação é do Governo.

  2. Satanás

    A CGU conhece bem, aliás, muito bem esse cidadão… Mais uma escolha feita com dedo podre.

  3. Dick

    É surpreendente um presidente nomear pra ministro um cidadão que promoveu um pregão eletrônico no valor de R$ 3 bilhões que o levou a ser demitido do cargo. Inclusive esse pregão foi cancelado pelo seu substituto. Agora o presidente o nomeia ministro da Educação! Na verdade, esse simpático senhor deveria ir pra casa cuidar de seus netinhos e nunca mais exercer um cargo de confiança na área pública. Mas o governo Bolsonaro…

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