Padre Julio Lancellottie a aporofobia em Arapongas
do TN Online
Um vídeo que circulou durante o final de semana nas redes sociais colocou em evidência o município de Arapongas, localizado na região norte do Paraná, distante 380 Km da capital Curitiba. No vídeo, repostado pelo ativista de Direitos Humanos no Brasil, Padre Júlio Lancellotti, imagens de estacas de metal colocadas em pontos da rodoviária da cidade onde pessoas em situação de rua costumam se abrigar, geraram indignação. Padre Júlio, em sua postagem, denunciou: Aporofobia (aversão ou repulsa aos pobres) – Arapongas-Pr.
A grande repercussão fez com que o prefeito do município paranaense se pronunciasse na tarde desta segunda-feira, 13. Sergio Onofre (PSC), disse que foi surpreendido pela repercussão do assunto. Ele afirmou que não tinha conhecimento do que havia sido feito e, de imediato, mandou que as estacas fossem retiradas. (leia mais)
Obrigado, padre Júlio Lancellotti, por defender os desvalidos. Arapongas deveria aproveitar essa triste ocorrência para repensar sobre mudanças fundamentais nos seus administradores. Não fosse o padre Júlio Lancellotti, essas lanças ameaçadoras, excludentes e mortais ainda estariam no mesmo lugar.
Existem vários significados para a palavra mito, e uma delas atualmente é que ele significa algo falso ou mentiroso. Então, vou aproveitar esse significado tão atual hoje e refletir justamente o mito da cordialidade do brasileiro, pois não somos cordiais. Aliás, o grande sociólogo e historiador Sérgio Buarque de Holanda, foi mal interpretado quando usou o termo. Para ele o brasileiro é tem tendências passionais, age mais pela emoção que pela razão. O brasileiro é racista, é preconceituoso e tende a não ser solidário com os mais necessitados na maioria das vezes. Tem como uma de suas características, ser um cristão fake, usando mais o velho testamento, aquele do olho por olho, ao invés o novo testamento de Cristo, justamente o de amor e fé. Bom, as ações que vemos como essas são totalmente o inverso da associação a amigável e bondoso, com os pobres e mais vulneráveis. Que sociedade é essa, que se importa mais em esconder ou não permitir o mínimo de solidariedade. Já vimos isso em Londrina, quando frequentava a Igreja Sagrado Corações, os pobres se abrigavam da chuva e do frio sob o teto da igreja, que colocou grades para evitar esse tipo de abrigo pelos necessitados. Esse é o brasileiro, não se enganem. Quase ficamos do lado dos nazistas na segunda guerra mundial e estamos reeditando um novo movimento como o nazismo do século passado. E infelizmente, liderado por “homens de bem”, “religiosos” e “defensores da família” (a família deles).
Qual o próximo passo? Cavar fossos? Instalar minas? Que absurdo!
Prefeitos são bem criativos quando são incompetentes. Há muitos anos um prefeito do PT, mandou colocar pedras pontiagudas em baixo dos viadutos de Londrina, onde pessoas miseráveis habitavam. Alguns se achando mais espertos, despejavam moradores de rua em outras cidades. Teve até um lance na década de 60, envolvendo cidades da região de Maringá, onde cachorros eram capturados e despachados para outros municípios. KKKKK