PTB, como fazer desaparecer um partido com quase 80 anos de vida
O Partido Trabalhista Brasileiro nasceu em 1945, logo depois de mais uma “redemocratização” do País. Com a agonia do Estado Novo – golpe de estado protagonizado por Getúlio Vargas em 1937 e que durou até 1945 – novos partidos começaram a surgir. Entre eles o PTB fomentado por Getúlio Vargas. A ideia inicial era ser um partido de trabalhadores, ligado aos sindicatos da época que tinham também o apoio do Ministério do Trabalho e seguir apoiando Getulio Vargas. Traduzindo, desde os primórdios já era acusado de peleguismo.
Em 1966, durante a Ditadura Militar, os partidos políticos foram extintos, através do artigo 18 do AI-2.
Somente em 1979, os partidos puderam voltar a se formalizar.
No entanto, o PTB, desde então, passou a ser apenas um apêndice do governo de plantão, afastando-se dos trabalhadores e dos sindicatos que originaram a sua criação.
Em 1989, na primeira eleição direta para presidente, o PTB se aventurou com o paranaense Afonso Camargo, que tinha sido ministro dos Transportes e José Sarney. A campanha toda foi baseada em um tema único: o vale transporte que nascera durante o período em que foi ministro.
Ele conquistou 379.286 votos, o equivalente a 0,56 por cento do eleitorado. Ficou em décimo primeiro lugar entre os 22 candidatos. A campanha foi vencida por Fernando Collor.
Desde então, envolvido em escândalos e mais escândalos – lembrando que o presidente da sigla, Roberto Jefferson, foi delator do Mensalão e foi preso -, o partido foi minguando chegando agora à inanição.
Apesar disso, o que restou da terra arrasada no PTB está sendo disputado a tapa pelos remanescentes.
Já vai tarde!