Rebeca Andrade dá show e leva a prata inédita em Tokio
do El Pais
Uma medalha de prata para coroar a trajetória olímpica tipicamente brasileira, que começou em um bairro pobre de Guarulhos, em São Paulo, e chega ao pódio em Tóquio 2020. A ginasta brasileira Rebeca Andrade fez história ao conquistar o segundo lugar na final individual geral, na manhã desta quinta-feira. É a primeira medalha da equipe feminina de ginástica artística na história dos Jogos Olímpicos.
Com uma performance embalada ao som de Baile de favela, a atleta teve um desempenho sólido na disputa e encerrou a prova com 57.298 pontos. Ficou atrás apenas da norte-americana Sunisa Lee, que levou o ouro ao somar 57.433 pontos, A russa Angelina Melnikova marcou 57.199 pontos ao todo e levou o bronze.Rebeca chegou à final como uma das favoritas, após receber a segunda melhor soma de notas da etapa classificatória. Ela ficou atrás apenas do fenômeno da ginástica Simone Biles ―que celebrou, da arquibancada, a vitória da brasileira. A americana, seis vezes medalhista olímpica, deveria disputar a medalha com a brasileira, mas tomou uma decisão corajosa antes da final, e se afastou dos Jogos para cuidar de sua saúde mental após mostrar esgotamento e um desempenho instável nas provas, que fizeram com que ela fosse sacada do time: “Eu senti que seria melhor ficar em segundo plano, trabalhar minha concentração e bem-estar”, afirmou. Ela foi substituída na final por Jade Carey, a terceira melhor ginasta dos Estados Unidos.