Renata Abreu, presidente do Podemos diz: que Moro pode chegar ao segundo turno
Em visita a Londrina onde participou do Simpósio sobre Direito Eleitoral, promovido pelo curso preparatório Damásio, a presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu, que foi relatora da mini-reforma eleitoral, mostra as cartas que o partido vai usar para bombar a candidatura Moro à presidência.
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Claro que pode. O Moro e mais 300 candidatos da terceira via. Mas vai ter que tirar o Bolsonaro do meio do caminho.
Ela quer dizer que Moro vai tirar o voto da classe média antipetista que elegeu Bolsonaro. E a classe média brasileira, medieval e escravocrata desde a sua formação, tem razão de se apegar a qualquer antipetista. Afinal de contas foi o governo petista que tirou da classe média a empregada doméstica “de custo baixo”, que permitiu o acesso da diarista ao carro zero quilômetro e, o maior dos pecados, garantiu assentos nos aviões aos pobres, lugar antes do PT reservado aos ricos e à classe média. Mas a moça tem razão: Bolsonaro continua na presidência o inútil que foi como deputado; continua o representante de um nicho da sociedade brasileira. O presidente é tão insignificante na política que nem um partido conseguiu montar. Lula, dirigente operário no ABC, comandou a fundação do Partido dos Trabalhadores.
Afinal Moro escreveu aquele discurso que leu no teleprompter na filiação ao Podemos ou há um ghostwriter por trás daquelas palavras, ou melhor, daquelas intenções? A propósito, a voz do Moro mudou ou há um ventríloquo que lhe empresta uma nova voz? Desconfio que o Moro também vai inventar algo para fugir a debates. E a bobagem de propor uma “corte nacional anticorrupção”… E a outra bobagem (que acaba servindo de prova de que não é muito fã de respeitar a Constituição) que é a proposta de “voltar” a prisão após condenação em segunda instância. A verdade é que, segundo as leis existentes no país, prisão só após condenação em última instância. Em resumo, o ex-juiz continua com a mesma vocação de ditador como aquele que ele garantiu a eleição em 2018. Moro e Bolsonaro são as duas faces da mesma moeda.