São Paulo muda para a fase vermelha, com novas regras, e volta a permitir futebol
Com uma taxa de ocupação de leitos de UTI ainda elevada, em 88,3%, o Estado de São Paulo decidiu retornar para a fase vermelha do plano de restrições a partir da próxima segunda-feira. Com isso, as aulas presenciais nas escolas deverão ser retomadas com o limite máximo de 35% dos alunos. O Campeonato Paulistão também foi liberado, a partir das 20h e sem público. Segundo as autoridades sanitárias, houve redução no ritmo de internações ― de 17,7% em relação à semana anterior― o que já permite algumas medidas. Lojas e restaurantes podem funcionar não apenas com a entrega por delivery, mas também por retirada dos produtos no local sem que permaneçam ali.
Novas regras foram incorporadas à fase vermelha. Haverá toque de recolher entre as 20h e as 5h com reforço na fiscalização, recomendação de escalonamento na entrada e saída da indústria serviços e comércios. Também será obrigatório o teletrabalho para todas as atividades administrativas. “A população não pode baixar a guarda”, destaca o secretário da Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn. Segundo o Governo, a demanda por leitos caiu de 200 por dia para 60 por dia. Mas uma redução significativa no número de óbitos só é esperada para a segunda quinzena de abril. O Estado vem batendo recordes de mortes registradas em um dia.
Há cerca de um mês, o Estado criou uma nova fase no Plano São Paulo ao ingressar no pior momento da pandemia, com elevadas taxas de infecção pelo coronavírus e superlotação hospitalar. “A medida começa a dar resultados”, justifica o vice-governador Rodrigo Garcia, que conduziu a entrevista coletiva nesta sexta (9). Segundo Garcia, um total de 6.521 leitos de UTI foram abertos em hospitais públicos e privados desde 31 de dezembro do ano passado.