14 linhas para Requião

Do Zé Beto

O senador Roberto Requião (PMDB do Renan Calheiros) parece que só consegue espaço “positivo” na chamada mídia nacional mas páginas da revista CartaCapital. Na edição desta semana, na coluna “Rosa dos Ventos”, de Mauricio Dias, está lá que ele é pressionado por juízes e procuradores por causa do relatório favorável sobre o projeto de lei de Calheiros sobre abuso de autoridade. Uia!! “O juiz Sergio Moro e o procurador Rodrigo Janot são os mais ousados”, informa o jornalista. Hummmmmm. Requião é pressionado sim, por juízes, quando não deposita o dinheiro de causas perdidas na Justiça, como aconteceu recentemente e ele teve o bloqueio nas contas bancárias depois de levar mais um tiro do advogado Cid Campêlo Filho, a quem deflagrou uma verdadeira caçada assim que assumiu pela segunda vez o governo do Paraná (Campêlo foi secretário no governo de Jaime Lerner e chegou a ser preso por algumas horas por conta disso).

O bolivariano das araucárias, que agora parece ter limado sua amada Venezuela de Cháves e Maduro do vocabulário, se explica na publicação comandada por Mino Carta. “Eles querem uma isenção de punição. Ou seja, indulgência plenária. Sou senador, não sou papa”. Epa! Requião escorregou aí ao informar o colunista. Aqui na província todo mundo que ele se acha Deus, ou seja, aquele que está acima e manda até no Papa. O problema, de sempre, é que no mundo real, o busílis é outro – e aí, quando ele quebra a cara (metaforicamente, metaforicamente), a verve some – menos como aconteceu agora, no grande espaço de 14 linhas em que aparece na revista que tem menos de 10% de circulação da Veja.

*Na delação que fez à Lava Jato, Paulo Cesena, que atémês passado presidiu empresa e foi diretor financeiro, a Editora Confiance, que publica a revista, é revelado um pedido de ajuda feito por Guido Mantega, então ministro da Fazenda, para que a empreiteira ajudasse a revista, a única a bater o bumbo para os governos petistas – num contraponto à Veja, criação de Carta para a Editora Abril da família da família Civita, e seu calo eterno por ter sido defenestrado como moeda de troca na ditadura militar. Segundo a denúncia, houve dois empréstimos de R$ 3,5 milhões. A resposta da revista: “CartaCapital não sabe e não tem obrigação de saber de onde vieram os recursos do adiantamento da verba de publicidade. Não existe carimbo em dinheiro e trata-se de má-fé acreditar que o investimento na revista saiu de ‘um departamento de propina’ e o aplicado nos demais meios de comunicação tem origem lícita.”

 

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Um comentário

  1. Campos

    Já o Zé Beto gosta do PMDB do Temer, do Jucá, do Padilha…

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