A CMTU não responde ao blog, mas pros outros disse que vai recorrer da decisão do STJ
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização, cujo presidente é o advogado Marcelo Cortez, não responde a perguntas feitas pelo blog.
Ontem, o blog enviou questionamentos sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça que manteve o entendimento do Tribunal de Justiça do Paraná que julgou que a CMTU não pode multar motoristas de trânsito em Londrina. O motivo é óbvio, a CMTU é uma empresa de economia mista, tem sócios privados. Teoricamente, multar gera lucro para seus donos.
Apesar de cobrar uma resposta várias vezes ontem, nada de a CMTU responder.
Para outros veículos de comunicação, Cortez disse que a empresa vai recorrer. Advogados consultados pelo blog disseram que é uma causa perdida e a CMTU vai ter mesmo que devolver o que foi cobrado de multas.
Um verdadeiro “mata-leão” (considerado nas artes marciais – mais especificamente no jiu jitsu – um dos mais fulminantes golpes de imobilização) nessa administração mentirosa do Belinati. Toma vergonha, pessoal da prefeitura. Mostra a cara. Fala a verdade. Vocês pensam que ninguém sabe do abafa que a quadrilha do Dick Vigarista fez no Gaeco para minar o combate aos crimes pesadíssimos encontrados pelas investigações do MP sobre o IPTU. A Password não morreu não viu. Estamos de olho. E na hora certa, vamos te pegar.
Achei que o Marcelo Cortez fosse mais democrático. Aqui em Assaí, quando era braço do Luis Mestiço, passava essa impressão. Depois saiu daqui de forma misteriosa. ????????????
Muito boa a apuração. Isso significa então, de acordo com o que os próprios veículos costumam publicar que as notícias “CMTU sustenta que multas de trânsito aplicadas pela companhia são válidas” – (https://www.paiquere.com.br/cmtu-sustenta-que-multas-de-transito-aplicadas-pela-companhia-sao-validas) e “Polêmica sobre multas depende de decisão judicial” – (https://www.folhadelondrina.com.br/geral/polemica-sobre-multas-depende-de-decisao-judicial-2984974e.html) podem ser consideradas FAKE NEWS segundo seus próprios critérios? É isso mesmo? Alô GAECO. Não precisa de 0800 não. Olha aqui essa palhaçada. Esses proprietários destes veículos são os responsáveis e a população de Londrina não aguenta mais essa PALHAÇADA. Tomem urgentemente uma atitude, não contra os jornalistas, mas sim contra essa corja que sempre que essa família está no poder faz o londrinense de gato e sapato. É burro, mas não é bobo.
vai la perder no STF daqui 10 anos ter q devolver os valores arrecadados, a populacao obviamente
Pecados da política: Soberba
Na segunda reportagem da série 7 pecados capitais na política, o pior dos vícios: a soberba, que na política é arrogância e abuso de poder.
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Se no começo de tudo era a Palavra, como ensina a Bíblia, na raiz de todos os pecados está o da soberba. Vale até como a mãe de todos os vícios.
Soberba é o apego apenas a bens materiais. É a vaidade, é o orgulho. “Mas a noção de soberba é muito mais poderosa. É aquele ou aquela que olha de cima, que empina o nariz, que acha que os outros são menos — só porque são outros, em vez de serem diferentes. A soberba é a capacidade de supor que nada existe que seja superior à própria pessoa”, explica o teólogo Mário Ségio Cortella, da PUC-SP.
Não é pecado apenas para cristãos. “Nós temos dez preceitos budistas, e um dos preceitos diz: não se elevar e rebaixar os outros. Aí entraria a questão da soberba humana, quando eu me elevo, quando eu acho que sou melhor do que os outros”, explica a monja Coen.
Todo mundo sabe o que é soberba no cotidiano. Quem não cumprimenta, quem tem o rei na barriga, quem se acha melhor que todo mundo.
É na política que a soberba é particularmente perigosa. “Os homens partilham esse desejo, essa soberba, esse desejo de poder. Isso que normalmente desgraça as comunidades humanas”, avalia o filósofo Roberto Romano, da Unicamp. “Nós temos aí uma tradição de totalitarismo no século XX que se baseia justamente nessa soberba. De um lado, o nazismo querendo refundar a raça humana, e de outro lado, o comunismo querendo refundar a sociedade humana no seu todo. Cada um deles com essa soberba, de refazer o ser humano na sua totalidade e na sociedade. Isto resultou justamente num delírio, onde milhões de pessoas foram mortas”.
No Brasil, a soberba política não chegou a produzir milhões de mortos apesar dos pequenos ditadores. Num episódio que ficaria famoso na história do Brasil, a da invasão da PUC-SP durante a ditadura, o coronel Erasmo Dias bradava em frente às câmeras: “Ato público está proibido. Não admitimos nem passeata, nem comício. Tá todo mundo preso, e outros vão ser enquadrados na lei de Segurança Nacional. Quantas estiverem aqui”.
Havia soberba mesmo quando se cavalgou rumo à abertura democrática. “É para abrir mesmo, e quem quiser que não abra, eu prendo, arrebento. Não tenha dúvida”, discursou o então presidente da República, em 1978, João Batista Figueiredo
A saída do regime militar, a chamada redemocratização, caminhou abraçada a elementos autoritários. Existem sim, muitos elementos autoritários na nossa cultura política, mas há outros mecanismos que também ajudam gente que foi eleita, gente que foi indicada para cargos executivos a se sentir melhor, a se sentir superior a quem o elegeu.
Nossos políticos, por exemplo, só admitem serem julgados na mais alta das instâncias da Justiça, o Supremo Tribunal Federal.
“O foro privilegiado é uma fora de subversão da ordem republicana”, afirma Roberto Romano. “Você que é um pai de família, de repente você comete um crime. E você será julgado pelo juiz de primeira instância, em termos imediatos. Mas quando é o homem público que comete um delito ou um crime, tendo em vista o seu julgamento por uma instância privilegiada, ele está contando, pelo menos no inconsciente, com a impunidade”.
Nem o STF, único que pode julgar deputados e senadores em matéria penal, se lembra de ter punido algum político.
Em Aparecida , a soberba pode ter até um ar pitoresco: o ar do prefeito José Luiz Rodrigues, o Zé Louquinho, que mandou proibir padres de andarem na rua sem batina e mandou proibir minissaias durante a quaresma. “As coisas materiais passam, poder passa, tudo passa, né? Mas o que vai ficar é a história do Zé Louquinho”, ele diz.
Zé Louquinho vai cuidando da sua vida, quer dizer, sempre à cata de votos. “Eu tenho que ter minha responsabilidade na prefeitura, tenho que fazer tudo direitinho, economizar para fazer uma boa administração. Agora, o lado Zé Louquinho tem de continuar. Eu sou o Zé Louquinho, senão não seria eu”, diz ele.
“A soberba na política é aquele que não entende o que significa representar o cidadão e a cidadã, ele acha que ele representa a si mesmo. A soberba na política é a incapacidade de servir ao coletivo, é a capacidade apenas de servir a si mesmo, ou a si mesma e, desse ponto de vista, a soberba é a ausência da humildade política”, explica o teólogo Cortella.
Os políticos sabem muito bem que a falta de humildade tem de ser disfarçada e que a arrogância é um defeito. “Eu nunca fui arrogante quando era ministro, nunca fui”, chegou a dizer o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, em setembro de 2005.
Existe soberba na atitude de se usar o voto secreto — instrumento importante no funcionamento de qualquer parlamento para proteger colegas condenados por quebra de decoro parlamentar no conselho de Ética. A famosa pizza.
No começo do mês, a Câmara aprovou o fim do voto secreto em todas as instâncias do parlamento brasileiro. A emenda constitucional ainda precisa passar por uma segunda votação na Câmara, e depois pelo Senado. “A pressão da sociedade exigia resposta pronta do Congresso, mesmo que isso significasse diminuição daquilo que é atribuição de um poder, da sua competência”, conta o deputado Roberto Freire, (PPS-PE).
“Não tem nenhuma lei votada no parlamento brasileiro em que o voto não seja aberto. Isso já foi uma grande conquista. Antigamente, tinha até sessão secreta. Isso é um avanço democrático, ótimo, importante. Até a cassação de mandatos será aberta, esse é um voto em que cada um tem que assumir a responsabilidade”, continua o deputado Roberto Freire.
Se na religião é com humildade que se combate a soberba, na política é com democracia. “Na democracia, qual é uma das âncoras básicas? É o fato de que você cria instituições que exercem controle democrático, ou controle sobre quem exerce o poder que é o Judiciário, o Ministério Público, você tem tribunais de contas, você tem uma série de instituições que, se tiverem uma prática coerente com a regra, vai limitar a onipotência ou a soberba de quem exerce o poder”, explica a cientista política da USP Lourdes Sola.
Na política é bom se lembrar de uma regra simples, que vale nas boas democracias: não importa a posição que cada peça ocupa, e o poder que cada um exerce. É um jogo de tempo limitado, e no final dele, vão todos para a mesma caixa.
Na política é bom se lembrar de uma regra simples, que vale nas boas democracias: não importa a posição que cada peça ocupa, e o poder que cada um exerce. É um jogo de tempo limitado, e no final dele, vão todos para a mesma caixa.
Cá entre nós, a CMTU até pode não ter o direito de multar, mas – pelo amor de deus, gente – ô cidade pra ter motorista e motociclista pra desrespeitar as leis de trânsito… Desconfio que, pelo menos uns 20%, uma boa parte dirige seus veículos sem habilitação, com habilitação vencida e com habilitação que já deveria ter sido recolhida. Claro que não preciso citar aqui, pra não tomar o tempo de algum leitor deste comentário, a lista das violações mais comuns.
Segundo Rádio Peāo o apelido dele na CMTU é “SOBERBO” .
Um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só
Clarice Lispector
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
Provérbios 16:18
Bíblia Sagrada
Entre os pecados que os homens cometem, ainda que afirmam alguns que o maior de todos é a soberba, sustento eu que é a ingratidão, baseando-me no que se costuma dizer, que de mal agradecidos está o inferno cheio.
Dom Quixote