A vitória de Bolsonaro no JN foi ter conseguido manter-se relativamente equilibrado, para os padrões dele
Ontem à noite o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi entrevistado no Jornal Nacional pelos jornalistas Renata Vasconcelos e Willian Bonner.
Como era de se esperar, deu vários nós em verdades e reforçou algumas mentiras.
Mentiu quando disse que não há corrupção em seu governo – lembrando que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é investigado pela Polícia Federal por envolvimento com desmatamento; o ex-ministro preso Milton Menezes flagrado em audios vazados de que liberava verbas para pastores propineiros entregarem a aliados; deve ter se esquecido dos intermediários nas negociações para a compra de vacinas que circulavam no Planalto; etc, etc, etc.
Mentiu ao dizer que não desdenhava dos mortos pela covid – ganhou o mundo a imagem dele numa live imitando pessoas com falta de ar antes de morrer pela doença. Continuou defendendo os tratamentos sem comprovação científica para combater a pandemia.
Talvez a única coisa que os bolsonaristas podem comemorar é que ele manteve-se relativamente equilibrado, para os padrões dele, é lógico.
Agora, todos os aliados podem voltar à programação da Record.