Aécio recebia "mesadinha" de 50 mil da JBS
Folha de S. Paulo –
O empresário Joesley Batista afirmou à Procuradoria-Geral da República que pagou R$ 50 mil por mês a Aécio Neves (PSDB-MG), ao longo de dois anos, por meio de uma rádio da qual o senador era sócio.
Os pagamentos, de acordo com Joesley, foram solicitados diretamente pelo tucano em um encontro no Rio, no qual Aécio disse que usaria o dinheiro para “custeio mensal de suas despesas”, segundo palavras do empresário da JBS.
Joesley entregou aos procuradores 16 notas fiscais emitidas entre 2015 e 2017 pela Rádio Arco Íris, afiliada da Jovem Pan em Belo Horizonte. A JBS figura nas notas como a empresa cobrada.
A Folha teve acesso ao relato, que está em um dos anexos da colaboração do empresário entregue à PGR em 31 de agosto do ano passado, em material complementar à primeira leva, de maio –que atingira o presidente Michel Temer e também Aécio.
As notas fiscais têm como justificativa a prestação de “serviço de publicidade” e trazem a descrição de que o valor mensal era de “patrocínio do Jornal da Manhã”, um dos programas da rádio.
Pela soma das notas fiscais, a JBS pagou à rádio da família de Aécio R$ 864 mil.
Aliviando a barra do Aécio, Paçoca?!? Além desse petisco de R$ 30 mil mensais, o Joesley disse que “doou” R$ 110 milhões pra campanha do Aécio em 2014.
Escrevi R$ 30 mil? Eram R$ 50 mil mensais! E eu também aliviando a barra do Mineirinho… Mas foi sem querer.
No começo de 2015 (três anos atrás!) Aécio foi delatado pelo Yousseff na lava jato (leia-se Moro e Dallagnol). Tratado como “mocinho” (os bandidos eram os petistas, né?), ninguém se empenhou em investigar o amigão do dono do “helicoca” naquele ano e Janot chegou a pedir (e foi atendido no STF) o arquivamento da investigação do Aécio. O que aconteceu com o Aécio? Como o Cunha, perdeu a serventia?
Tem uma rádio de Londrina, neste lado sul do Brasil, que deveria ser investigada também.
Ela faturava pouco, passou a faturar muito mas muito mesmo, e aí passou a sofrer baixa do faturamento.
Talvez por que não valia a pena mais patrocinar e fazer publicidade naquela rádio, já que o dono e família perdeu a beira e a eira.
Cadê o MP de Londrina?