Afinal, como se deve interpretar o estatuto da Sociedade Rural em relação à participação no poder público?
O presidente da CMTU, Moacir Sgarioni, através de sua assessoria envia a seguinte argumentação:
Prezado Cláudio,
Em relação ao artigo 55 do Estatuto da Sociedade Rural do Paraná (SRP), informamos que quando tratou-se deste artigo, referiu-se a presidentes e diretores da entidade que disputarem CARGOS ELETIVOS, como para vereador, deputado, prefeito e outros cargos eletivos, que devem se licenciar para disputar a eleição e caso eleito, renunciar para o cumprimento do mandato conquistado nas urnas.
Reforçamos que caso semelhante ocorreu com o secretário Paulo Bento na Secretaria de Fazenda e membro do Conselho Superior e presidente do Conselho Fiscal da SRP nos quatro anos da gestão Kireeff. O assunto, na época, foi tratado em reunião interna, como agora, foi feito pelo Moacir com o presidente Afrânio Brandão.
O cargo na SRP é voluntário, não remunerado e não prevê horário à disposição.
*do Blogueiro:
Permita-me discordar. No caso do Paulo Bento, ele era e é Conselheiro da Sociedade Rural, portanto não tem poder de ordenar despesas, como é o caso de Sgarioni que é diretor-financeiro.
Sendo ordenador de despesas, caso haja uma demanda judicial contra a CMTU ou vice-versa, de que lado ele estará? Ele irá processar a si mesmo?
O artigo é este:
Artigo 55
XIV – O Diretor Presidente e Vice-Presidente da entidade, assim como os Diretores, deverão licenciar-se do cargo para concorrer a cargos públicos, e se chamados a assumir, deverão renunciar ao mandato ou cargo, na Sociedade Rural do Paraná, ficando vedado aos Diretores Presidente e Vice-Presidente, o acumulo de cargos executivos, alhures.
Acredito que não é possível ser mais claro.
Aliás, a Sociedade Rural vai se manifestar?
Atualizado às 11h16
Com tanta gente boa na campanha não sei o porque do prefeito colocar este cara neste cargo.
Sr. Sgarioni, acompanho sua trajetória pelo menos há quase três décadas como londrinense. Sei de suas conquistas e alguns dissabores da vida pela proximidade.
No entanto, não poderia deixar de opinar neste caso do Artigo 55, da nossa SRP.
Ao longo dos anos tentei ficar o máximo possível o que leva um empresário ou agropecuarista a se envolver em política. Acredito que o meu eu particular, particularmente, é bem melhor que meu eu público. Quando coisas privadas são ditas repetidamente em público é bom saber que existe uma segunda intenção em dizer algo para uma terceira pessoa. Thomas Jefferson disse que a política é uma praga tal que eu aconselho todos a não se meterem nela. Não se pode esperar que os homens sejam transladados do despotismo à liberdade num leito de plumas. Mas, quando alguém assume um cargo público deve considerar a si mesmo como propriedade pública. O artigo 55 é claro e ali pode estar a sua história. Ao passar por cima irá ignorar suas conquistas. Creio que é melhor dizer a verdade do que mentir, saber do que ignorar, ser livre do que depender. Quantas coisas é preciso ignorar para agir? Pense, a arte de ser sábio é a arte de saber o que ignorar.
Moacir seu antecessor assumiu porque foi demitido pela diretoria da rural, e sabemos que o cara precisa trabalhar….agora no seu caso, não sei se fez bom negocio, pois tudo que ganhar ira gastar com advogados, palavra de que ja esteve por lá.
Não interpreto o artigo como o blogueiro, ali é bem claro que se trata de cargo eletivo. A questão fica clara a partir do momento que o paçoca trabalhou para o horsi e perdeu a eleição
Valorosos servidores da CMTU. Poderiam comentar o que acham do Presidente Sgarioni ??? Podem atribuir nota (1 a 10).
Parabéns pela colocação Mais que um amigo. Penso igual.