Atropelamento e morte de esteticista na região de Curitiba mostra a urgência em garantia ao ciclismo

Da Assessoria

Sindiatleta cobra ações e leis mais rigorosas para punir e intimidar condutores que não respeitam os ciclistas

O atropelamento e a morte da esteticista Mariana Camargo de 32, na tarde de segunda-feira (5) na região metropolitana de Curitiba, mostra a urgência de se implantar normas e leis mais rígidas para garantir a segurança dos ciclistas nas rodovias país. A avaliação é da ex-atleta profissional e Campeã Brasileira de Ciclismo, Cynthia Duarte, que cobra mais proteção aos praticantes do esporte.

Mariana pedalava em companhia de uma amiga pela BR-277 em São José dos Pinhais, quando foi atingida por um veículo em alta velocidade, não resistindo aos graves ferimentos que sofreu. A morte da esteticista, que deixou um filho pequeno, destaca o interesse da população pela bicicleta, forma de mobilidade com segurança sanitária que cresceu na pandemia da Covid-19.

De acordo com Cynthia Duarte, que também é presidente do Sindicato de Atletas (Sindiatleta), a bicicleta se tornou uma alternativa ao transporte público feito em ônibus e trens, com distanciamento social. O ciclismo, além de modalidade olímpica, é muito utilizado para manter a boa saúde praticando esporte ou apenas aliviar o estresse, passeando ao ar livre.

O Paraná é considerado um celeiro de atletas profissionais, com início na década de 1950. “Desde então os ciclistas paranaenses vem representando com dignidade e talento nosso estado, trazendo títulos nacionais e mundiais”, ressalta a presidente do Sindiatleta.

Opção pela bicicleta
Além destes atletas profissionais, diz Cynthia, o Paraná está vivenciando um acontecimento inédito e simultâneo em todo o planeta, durante a pandemia – o uso da bicicleta. Com mais ciclistas, foi possível percebrer a precariedade nas estruturass ciclo viária das cidades.

“Faltam espaços destinados a bicicleta e principalmente falta conscientização e educação dos motoristas”, ressalta. Com a necessidade de decretar “lockdown” para conter o contagio da pandemia da Covid19, informa a ex-atleta, parques foram fechados e um número grande de ciclistas começou a buscar as rodovias de ligação das cidades para praticar a atividade.

“Infelizmente, a maioria destes ciclistas não está apto a pedalar em uma rodovia, um ambiente hostil e perigoso”, alerta Cynthia. Ações educativas e protetivas para minimizar os riscos dos dos atletas e praticantes em ambientes urbanos e rodoviários se fazem urgentes.

Educação no trânsito
O Sindiatleta reforça que é preciso educar de forma mais incisiva aos motoristas da importância de se preservar vidas. O Sindiatleta informa que está trabalhando projetos para minimizar os riscos de acidentes com ciclistas no Paraná.

Na próxima segunda-feira (12) entram em vigor mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Uma delas aumenta as penalizações para condutores de veículos que não reduzirem a velocidade ao ultrapassar ciclistas. A infração passa de grave para “gravíssima” e a multa de R$ 195,23 para R$ 293,47.

Foto legenda
A esteticista Mariana Camargo, de 32, pedalava em companhia de uma amiga na BR-277, em São José dos Pinhais
Foto: Arquivo pessoal

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Um comentário

  1. Henrique

    Ate sindicato de atletas ja inventaram?
    Pelo amor de Deus

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