Bolsonaro e filhos querem criar novo partido

Por José Antônio Severo

Nesta terça-feira, dia 12, o presidente Jair Bolsonaro dá um salto no escuro. Ele e seus  filhos decidiram formar um partido político próprio em tempo recorde para enfrentar as forças adversas no seu próprio campo político/ideológico. Com isto, o chefe do governo pretende se libertar das amarras do sistema partidário tradicional e assumir sozinho o comando das bases eleitorais. Os líderes do PSL dizem pagar para ver.

O futuro partido, já batizado de Aliança pelo Brasil, lembra o nome histórico da Arena (Aliança Renovadora Nacional), o partido que absorveu todas as forças que apoiaram o regime militar no tempo do bipartidarismo, em 1967, até ser extinga na reforma partidária de 1979.

Entretanto, naquele tempo a Arena emergiu de algumas das legendas mais poderosas da época, como UDN, um pedaço majoritário do PSD e uma dezena de outras siglas consolidadas, que se opuseram ao governo do ex-presidente João Goulart. Nesta feita, Bolsonaro sai do seu partido, o PSL, sem nenhum apoio partidário, levando consigo apenas uma parte da agremiação. Terá de disputar o mercado eleitoral de um a um.

Um desafio familiar

Essa tarefa de organização ele vai dividir com seus três filhos, que serão seus lugares-tenentes. A tropa de choque será de Carlos, o 02, com suas redes sociais. O presidente do PSL em São Paulo, Eduardo, o 03, cuidará da organização; o senador Flávio, o 01, do PSL do Rio, fará o trabalho decampo. Assim, os quatro Bolsonaros pretendem enfrentar as forças políticas organizadas já na eleição municipal do ano que vem. Um trabalho hercúleo, diria o Conselheiro Acácio (personagem do romancista português Eça da Queiroz).

Seus antigos aliados prometem colocar obstáculos ao projeto da família Bolsonaro. O presidente do PSL, Luciano Bivar, está preparando uma força-tarefa para impugnar assinaturas de adesistas nos cartórios eleitorais. Com isto, os remanescentes do partido pretendem atrapalhar a formação da documentação mínima necessária. O prazo final para registro na Justiça Eleitoral e participar das eleições municipais será março/abril do ano que vem. (leia mais)

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2 Comments

  1. Osnéu Liberau

    Cá entre nós: vai ser uma barbada o nosso adorável presidente montar o seu partido. Será com toda a certeza o maior partido do Brasil. Mais uns dois anos e o partido do nosso Messias terá 50%, no mínimo, do Senado e da Câmara Federal. E de quebra ele vai acabar com o PSL. Maquiavel perto do nosso Jair não passava de um coroinha de igreja. Me esplico. Adorei o direto que ele deu no traidor do governo, falo do presidente do PSL, um tal de Luciano Bivar. Como Bivar ganhava muito dinheiro com o seguro obrigatorio para veiculos já que ele é sócio de empresa de seguro que se beneficiava com o seguro obrigatorio, o que acabou de fazer o nosso presidente? Extinguiu o DPVAT! Maravilha!!! Acabou a mamata do Bivar e eu não vou mais pagar DPVAT.

  2. Satanás

    Vem aí o Partido do Ódio!

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