Choque de Gestão, mas em benefício próprio e intransferível

A jornalista Ruth Bolognese, no blog Contraponto, faz uma análise interessante sobre como funcionava o “Choque de Gestão” no Governo Richa.

(por Ruth Bolognese) – Quem se der ao trabalho de ler o longo despacho do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Federal de Curitiba, que substituiu o juiz Sérgio Moro nas ações geradas pelas Operações Integraçao I e II, conclui facilmente que o núcleo mais forte do governo, composto por 4 homens – o governador Beto Richa, seu irmão Pepe Richa e os dois assessores de confiança, Deonilson Roldo e Ezequias Moreira – trabalhavam o tempo todo contra os interesses do povo do Paraná.

Eram bem pagos para isso, com dinheiro público, para realizar um “Choque de Gestão”, a famosa e mais importante promessa de campanha do ex-governador, que funcionava ao contrário: era voltada para satisfazer os interesses das concessionárias do pedágio, com rapidez e eficiência , através da pressão junto aos órgãos competentes, a saber a secretaria de Infra Estrutura e Logística, comandada por Pepe Richa e o DER/PR.

Cada concessionária era beneficiada de acordo com o seu (bom) relacionamento com um dos quatro homens poderosos do governo. E estes benefícios, vindos do aumento das tarifas do pedágio e das obras de manutenção das estradas superfaturas eram decisões de cunho político, no sentido de favorecimento para o grupo. Todas as reuniões eram realizadas na sede do governo do estado.

O texto no original na delação de Nelson Leal Jr, ex-diretor do DER: “que estes aditivos eram extremamente benéficos para as concessionárias e foram firmados por pressão do governo estadual. Que as pressões ocorriam em reuniões na sala do Deonilson Roldo (chefe de Gabinete do governador Beto Richa) sendo que nestas reuniões estavam sempre presentes, além de Deonilson, o assessores Ezequias Moreira e o Pepe Richa”.

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Um comentário

  1. Campos

    E o PSDB continua garantindo a candidatura e a campanha do ex-governador? Aliás, o PSDB, que dizia ser um baluarte na luta contra a corrupção, nem deveria ter lançado Beto Richa candidato a qualquer coisa já que ele já tinha sido condenado em segunda instância. Em resumo, para os tucanos a lei que impede Lula de ser candidato não vale se o candidato é tucano.

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