Dallagnol silencia sobre ingresso no MPF contra a lei. E segue fazendo política. Contra a lei
Reinaldo Azevedo
Pois é…
Deltan Dallagnol, sempre tão buliçoso e falastrão, resolveu, desta feita, calar-se. Ao menos sobre o tema que lhe diz respeito. No mais, ele continua a falar pelos cotovelos.
Ele passou a integrar os quadros da Procuradoria-Geral da República contra texto explícito da lei. Seu pai, ex-procurador de Justiça do Paraná, atuando como seu advogado, obteve da Justiça Federal do Estado uma milagrosa liminar para que o jovem filhote, de 21 aninhos, pudesse prestar o concurso no mesmo ano em que colou grau: 2002. A Lei Complementar 75/93 exigia ao menos dois anos de formação. Depois, houve uma mudança com a Emenda Constitucional 45/2004: agora são três.
Sim, ele foi aprovado. Mas não reunia os pré-requisitos necessários. Ainda sob efeito de liminar, foi nomeado. E depois mantido na função em nome do tal “fato consumado”, o que não era aplicado por juízes em matéria de concurso público. Por alguma razão, o TRF4 resolveu escolher esse exótico caminho. Tão exótico como a liminar. Nota: o STF bateu o martelo a respeito em 2014: não existe “fato consumado” nessa área. (leia mais)
Era um gênio e precisava romper com a lei que o impedia de mostrar seu ímpeto e furor competitivo.
Deltan é um incompreendido.
Precisou entrar com um pedido para provar que estava Maduro para ser o homem do Ministério Público Federal sem ter um mínimo de tempo de experiência jurídica comprovada.
Um caso para ser estudado ao lado de Einstein e Eisenstein.
Que bonitinho,o impetuosinho do Bacacheri,eita Curitiba bizarra,do Henri Cristo,Oil Man, Moro,Dalagnol e outras traias.
Participar do concurso sem ter todos os requisitos não é irregular, a comprovação somente é exigida se passar e for nomeado, no momento da posse, o que pode se dar anos depois do concurso.
E pra dar uma rasteira na lei, o procurador Dallagnol, mister PowerPoint, contou com um advogado providencial: seu papai, que era procurador aposentado do Ministério Público do Paraná. Precisa desenhar?