Desde aquela época e antes dela, era assim

Esta foto, não me recordo exatamente o ano, foi tirada na Folha de Londrina. Emilia Belinati – vice-governadora, o ex-deputado Moysés Leônidas, José Antonio Pedriali (editor da Folha), Nelson Merlin, diretor de redação, Lerner, Eduardo Trevisan, na época deputado estadual, e este escrivinhador – ainda com todos os cabelos pretos e volumosos.

Lerner estava visitando a redação durante a campanha eleitoral. Eu era o editor da coluna Informe Folha. Ao ser apresentado, Lerner brincou bem humorado: “Então é você que escreve aquelas coisas sobre mim?”.

Era.

Boa praça, inteligente, Lerner nunca foi um apaixonado pelo cargo de governador. Não gostava e não escondia isso. Não era afeito aos melindres da política. Tinha bronca do então prefeito Antonio Belinati, que havia imposto a então esposa Emilia como vice.

E este escrevinhador, sempre pentelho e afeito a um enguiço, não deixava de colocar com regularidade esse descaso do governo do Paraná com Londrina e com a região no Informe Folha, coluna muito respeitada entre os leitores no Estado. Época em que havia certa liberdade editorial no jornal.

E isso incomodava o então governador. Mas, com a campanha  de vento em popa, e daí né.

O escrivinhador deixou o jornal, cada um na foto seguiu o seu caminho e ficou a lembrança e a constatação de que, desde aquela época, e antes dela também, os governos instalados em Curitiba nunca deram realmente importância para qualquer cidade a mais de 100 quilômetros da capital de todos os curitibanos.

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Um comentário

  1. Décio Paulino

    Provavelmente 1998… Bons anos aqueles. Não havia Lei de Responsabilidade Fiscal nem Lei da Transparência. Os únicos políticos que recebiam a visita da polícia pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro ou a outros partidos clandestinos de esquerda. Ninguém sabia a diferença entre caixa 1 e caixa 2. Na prestação de contas à Justiça Eleitoral só tinha caixa 1, mesmo que aparecesse quase vazia. Bons tempos aqueles…

  2. Antonio Carlos

    Sim, ele era avesso à política. Ele odiava tanto que concorreu à reeleição. E ganhou. Haja mazoquismo

  3. O povo é soberano.

    Saiu a reeleição e eleito pelo POVO .

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