É um tal de treme-treme

Treme-treme 1 
A intervenção dos empresários, por mais que Dilma se ressinta da intrusão, é uma boa notícia para o Governo. Mas as notícias ruins continuam fluindo. A delação premiada de Ricardo Pessoa, o chefão da empreiteira UTC, disse ao juiz Sérgio Moro que parte das propinas que pagou para ganhar contratos na Petrobras foi depositada diretamente na conta do PT.Há ainda trechos secretos da delação premiada – secretos porque, como envolvem pessoas com mandato federal, só podem ser liberados pelo Supremo.

Mas o que já foi divulgado é explosivo.

Treme-treme 2

Um cavalheiro bem menos conhecido do que Pessoa, mas que também sabe onde está a dinamite, negocia sua delação premiada. É Leonardo Meirelles, do Laboratório Labogen (e sócio do doleiro Alberto Youssef, aquele). O Labogen chegou a assinar contrato com o Ministério da Saúde, na época do ministro Alexandre Padilha (hoje secretário da Saúde de Haddad, em São Paulo).

Sua especialidade, segundo as acusações (o que explica a proximidade com Youssef): contratos de câmbio para entrada e saída de moeda com cinco firmas estrangeiras, tudo indicando fortes possibilidades de lavagem de dinheiro. Meirelles já abriu fogo, antes mesmo do acordo: acusou a Odebrecht de usar o Labogen para repassar R$ 7 milhões em propinas fora do país. E seu advogado afirma que o Labogen fez mais de quatro mil operações irregulares no Exterior, “envolvendo mais de um político”.
Segundo se diz, ele atinge políticos do Governo e da oposição.

Coluna Carlos Brickmann
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