Econorte era quase um Papai Noel: distribuía “agrados” até com ingressos para a Copa. Veja a lista

Do Contraponto/Celso Nascimento
Os secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e do Cerimonial, Ezequias Moreira, foram alguns dos agraciados com ingressos para jogos da Copa de 2014 pela construtora Triunfo, controladora da concessionária Econorte, que administra o trecho pedagiado da BR-369 no Paraná.

Esta revelação faz parte do relatório do Ministério Público Federal, encaminhado ao juiz Sergio Moro, denunciando os principais envolvidos na Operação Integração (48.ª fase da Lava Jato) sob acusação de favorecimentos que distorceram o contrato de concessão e elevaram as tarifas de pedágio no trecho. Quando (ou se) Sérgio Moro acatar a denúncia, os acusados tornam-se reus de uma ação penal que poderá levá-los à condenação à prisão e ao ressarcimento de milhões desviados dos cofres públicos.

A Operação Integração foi deflagrada em 22 de fevereiro passado e, além de decretar as prisões preventivas do ex-diretor-geral do DER, Nelson Leal, e do presidente da Econorte, Hélio Ogama, indiciou também outros assessores próximos do governador Beto Richa e empresários que prestavam serviços terceirizados ao governo e a concessionárias.

Os agraciados com ingressos constam desta planilha que faz parte das 300 páginas do relatório do MPF:

Se o juiz Sergio Moro acatar a denúncia, o ex-diretor do DER Nelson Leal e o presidente da Econorte, Hélio Ogama, tornam-se reus de ação penal que poderá levá-los à condenação à prisão, fora a obrigação de ressarcir os cofres públicos em milhões de que são acusados de desviar.

De acordo com os procuradores do MPF, diretores da concessionária que administra o trecho paranaense da BR-369 e os servidores públicos são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e estelionato, num esquema de contratações fraudulentas e desvios que possibilitavam fraudar o equilíbrio econômico do contrato de concessão com o Paraná.

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Um comentário

  1. Décio Paulino

    Será que em 2018, já que não temos Copa no Brasil, as concessionárias do pedágio mais caro do Brasil distribuirão gordos pixulecos para a campanha do Beto Richa e aliados?

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