Ele não era o Elvis, mas tinha uma legião de fãs

Ele sempre estava com o cabelo sem um fio fora de lugar. Olhava pra ele e perguntava: como é que você consegue? Vez ou outra, de sacanagem, passávamos a mão na cabeça dele e espalhávamos a cabeleira. Minutos depois estava tudo no lugar novamente.

Tinhamos alguma intimidade. Fui colega de escola do irmão mais velho dele, o Gerson.

Um dia ele entrou na sala de Imprensa da Câmara e disse que iria para Graceland, terra de Elvis Presley, para levar a mulher, fã do Rei do Rock.

Talvez tenha sido o momento que ele percebeu que além de fã do cantor, poderia também fazer a alegria de outros fãs de Elvis.

A timidez foi colocada de lado. De mestre de cerimônias da Câmara de Londrina – e de muitos eventos públicos na cidade – passou também a ser showman, cover de Elvis Presley.

Foram inúmeras apresentações.

Em cada uma delas, um movimento novo, um figurino.

Da ultima vez que conversamos, ficamos de marcar uma entrevista para contar um pouco dessa história toda. Iria ser publicada no canal do blog no youtube.

No fim de semana ele morreu. Vítima da covid-19.

Deixou uma legião de fãs.

 

 

 

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Um comentário

  1. Indalécio Madruga

    Belo texto. Mas… Só faltou dizer o nome do falecido…

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