Então a eleição está decidida? A experiência mostra que não

As pesquisas quantitativas, que tanto ouriçam o meio político, precisam ser vistas exatamente como elas são, sem viajar na maionese.

Elas mostram quem são os candidatos mais conhecidos, nada muito mais do que isto. Políticos experimentados sabem muito bem que o único voto garantido, é o próprio. Às vezes, nem em casa há garantias de voto.

Vejamos:

O primeiro colocado na pesquisa é o deputado Marcelo Belinati (PP) que, na estimulada, aparece com um astronômico 48%. Marcelo foi vereador, depois candidato a prefeito de Londrina – perdeu por uma minúscula margem no segundo turno para Kireeff -, e logo em seguida fez campanha para deputado federal. De longe é o mais conhecido entre os 15 apresentados na pesquisa.

Em segundo aparece Luiz Carlos Hauly (PSDB), com 12%. Ele é deputado federal há vários mandatos e por quatro vezes participou da campanha para prefeito.

Com exceção dos dois, os demais são conhecidos apenas em pequenos nichos do eleitorado. É o caso do ex-presidente da Associação Comercial, Valter Orsi (3,5%)- muito conhecido no meio empresarial – mas pouco conhecido em outros segmentos.

Luciano Odebrecht (PMN), com 2,5%, advogado e professor – também atuando num público restrito; Bruno Veronesi (PSD), empresário;  Marcos Urbaneja (PDT), servidor público e por aí vai.

Com exceção dos dois primeiros colocados, dificilmente os demais vão ser reconhecidos se passearem pelos bairros da cidade que não o seu.

As campanhas eleitorais ensinam que o humor do eleitor varia de cidade para cidade, de estado para estado. É por isso que.

Dos 15 hoje colocados, pelo menos metade estará fora da disputa quando encerrar o prazo para as convenções partidárias.

O eleitor comum só começa mesmo a pensar em decidir o voto nas duas semanas anteriores à eleição, quando já conhecer os candidatos e suas propostas para a administração.

Fora isso é é efeito sonrisal para agitar o marasmo político.