João Arruda e o acidente que pesa no seu curriculo

A campanha eleitoral tem um lado positivo. É uma vasculhadora de vida pregressa. Ninguém passa incólume a ela.

O candidato ao governo do Paraná João Arruda (MDB) esta percebendo isso.

Em uma sabatina promovida hoje  pela Gazeta do Povo, jornal de Curitiba, João Arruda foi colocado contra a parede., Foi lembrado de um trágico acidente em que ele esteve presente. Ele disse que foi “injustamente” condenado por furar um sinal vermelho. No acidente, o carro conduzido por João Arruda colidiu com outro veículo matando Mariana de Oliveira, 18 anos, Naline Picolo de 17 anos e ferindo outros dois ocupantes do carro.


Arruda foi condenado em 2003 pela 2ª Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba a quatro anos e três meses de detenção pelo acidente. A pena inicial foi acrescida de mais seis meses por ele ter fugido do local sem prestar socorro às vítimas. O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu a João Arruda Júnior a possibilidade de transformar as horas de trabalho comunitário à qual foi condenado em prestação pecuniária (pagamento).
Na sabatina em Curitiba João Arruda disse considerar a decisão uma “injustiça”. Uma das vítimas, Naline Picolo, deixou um filho de um ano e quatro meses que passou a ser criado pela avó.
*ALTERAÇÃO DO LOCAL DO CRIME*
Além de fugir do local sem prestar socorro às vítimas, Arruda contou com a interferência do seu tio, o senador Roberto Requião, para alterar a cena do crime. Questionado na sabatina sobre esse procedimento ilegal, Arruda achou normal. “era o único contato que eu tinha, não podia ligar pra minha mãe”.
O delegado de polícia Guaraci Joarez Abreu, o responsável pelo inquérito policial sobre o atropelamento que resultou na morte de duas jovens, disse, em uma entrevista de televisão, que “a presença do senador Requião impediu que a polícia levasse presos os jovens que estavam na caminhonete dirigida por João Arruda e que fosse realizado o teste do bafômetro nos acusados”. O delegado criticou o procedimento do senador. ”Ele (Requião) não tinha o direito de tirar pessoas do local do acidente antes de a polícia fazer o seu trabalho”.
Em 2006, João Arruda foi condenado a pagar 220 salários mínimos ao filho da falecida Naline Picolo.

 

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