Lula quer ser o antagonista de Bolsonaro

foto Fernando Bizerra Jr

do El Pais

Na primeira entrevista coletiva depois da decisão que devolveu seus direitos políticos, Lula se apresentou como uma antítese de Bolsonaro, mirando a artilharia contra o atual Governo, ponto a ponto. Da gestão da pandemia à economia, não faltaram críticas contundentes numa aparição de mais de duas horas que mobilizou emissoras de tevê e redes sociais.

Regiane Oliveira conta os bastidores da movimentação do ex-presidente no PT. O partido, em linha com o discurso de Lula, de aceno ao centro, prepara uma agenda de encontros com líderes políticos e religiosos enquanto discute o novo plano para o país —tudo, no entanto, em marcha lenta por causa da covid-19. “Ficou claro que a partir de hoje Lula já está em campanha eleitoral e começa a aparecer um Lula ressuscitado e com a intenção de vestir mais a figura do estadista conciliador do que a do sindicalista enfurecido”, analisa o colunista Juan Arias.

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Um comentário

  1. Anubian

    Um grupinho que se fornicou de verde e amarelo foi o oportunista MBL.

    Basicamente, eles pegaram carona na onda Bolsonaro e assim que o governo dele começou, já se declararam oposição. Com a pandemia, abriram um sorriso de orelha a orelha, na expectativa de que o governo Bolsonaro fosse naufragar enquanto era apedrejado pela mídia que deixou de receber patrocínio estatal. Pra eles, era claro e cristalino: 2022 seia um Bolsonaro enfraquecido e cuja derrota seria inevitável de um lado, e do outro, a “Direita Apoia-se” do MBL montada num tucano ou DEM, cuja vitória estaria garantida.

    Eis que Lula ressurge das cinzas, e já se posiciona como oposição. Mantida sua elegibilidade, assegurando um Bolsonaro versus Lula em 2022.

    A fundação do MBL é o antipetismo. Se posicionar do lado o PT ou de algum partido da frente “democrática” (com todas as aspas imagináveis) vai afugentar toda sua base de apoio e os incautos que andam comprando seus cursinhos de “como ser conservador”. Voltar para o Bolsonaro daria um resultado tão positivo quanto a candidatura da Joyce Hellmanns em São Paulo. Apoiar uma terceira via seria apostar num cavalo morto.

    O que fará o MBL?

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