do Fábio Campana
O ministro Carlos Marun, do PMDB, ligou para Osmar Dias e foi direto ao assunto. Convidou-o a entrar no PMDB para ser o candidato a governador do Paraná pela legenda. Deixou claro que este era um convite oficial, com o apoio unânime de toda a direção nacional, e que o senador Requião fora comunicado e também aprovou a iniciativa. Aliás, com certo entusiasmo, pois uma aliança com Osmar Dias é o único caminho de Requião para tentar se salvar da derrota nas próximas eleições. E ainda garantiria a reeleição de seu filho Maurício, deputado estadual.
Osmar Dias gostou do que ouviu. Aceitou conversar. Ainda se refaz da manobra de seu irmão, Alvaro Dias, que convidou o seu adversário Ratinho Jr a apoiá-lo como candidato à presidência da República em troca da desistência de Osmar em concorrer ao governo. Sabe que precisa construir uma aliança que comande para disputar o governo sem sustos.Requião entrou em contato com Osmar para aproveitar a circunstância e dizer que apoia a proposta de Marun. Chegou a rolar uma possibilidade de trocas. Osmar assumiria integralmente o PMDB e Requião migraria para o PDT, onde estaria mais confortável em relação ao apoio a Lula, ao PT e à disputa presidencial. Ciro é mais palatável para Requião que um candidato como Michel Temer ou Henrique Meirelles.
Leva o Gervasio junto para ficar pertinho do João Mendonça.
Ter o Requião como senador é um desfavor para qualquer estado. Só não foi para o PT porque sabe muito bem que o partido está pra lá de queimado no Paraná e o ego e a ficha dele são grandes demais para se contentar com algum carguinho comissionado. Se Deus quiser esse ano chutam esse malandro pra fora.