Mesmo sem experiência, vai comandar Secretaria de Alfabetização
do UOL/Educação
Sem atuação em sala de aula ou formação acadêmica na área da educação, Maria Eduarda Manso Mostaço, de 27 anos, foi nomeada coordenadora-geral de formação de professores da recém-criada Secretaria de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC). Formada em Direito, ela é defensora da regulamentação do ensino domiciliar no País – que foi colocada como meta prioritária pelo governo de Jair Bolsonaro para os 100 primeiros dias de gestão.
A nomeação foi publicada nesta quarta-feira, 30. Maria Eduarda é de Londrina, onde cursou a graduação na Universidade Estadual de Londrina (Uel), mesma cidade de Carlos Francisco Nadalim, que vai chefiar a Secretaria de Alfabetização.
Dono de uma escola chamada Mundo do Balão Mágico, ele também é defensor da educação domiciliar, o homeschooling. Servidores do MEC estranharam a nomeação de uma pessoa sem experiência na área para um cargo que exige conhecimento técnico. Ela será coordenadora da Diretoria de Desenvolvimento Curricular e Formação de Professores Alfabetizadores, que é quem faz a articulação com Estados e municípios para a implementação de programas e políticas. Os últimos a ocuparem cargos semelhantes na coordenação de programas de formação de professores tinham especialização na área da educação. (leia mais)
O “ministério da educação” está dominado por olavetes malucos. Se não fosse o mal que estão fazendo pela educação no Brasil, estaríamos todos dando gostosas gargalhadas com as “medidas” tomadas por essa equipe comandada pelo astrólogo Olavo Carvalho.
Em Brasília, a dona Maria Eduarda pode resolver rapidinho o problema de falta de formação acadêmica. Basta visitar a irmã Damares e ver como conseguir o título de doutora através de certificação bíblica.
Seria trágico se não fosse cômico.
Seria cômico se não fosse trágico.
Mais uma contribuição de Londrina para a turma do Balão Mágico em Brasília, grupo que segue o guru Olavo de Carvalho (isto é, gente que acredita piamente nas sandices ditas por essa figura folclórica) e tem sido tratado criticamente por setores importantes de nossa imprensa e impiedosamente por profissionais que não viraram mestres e doutores por titulação bíblica.
Inexperiente como Marcelo Belinati de prefeito.
Deu no que deu.