MP do Paraná vai investigar denúncia de funcionário da Sercomtel

O Ministério Púbico do Paraná vai investigar a denúncia feita por um servidor da Sercomtel de Londrina. Segundo o servidor, a telefônica Sercomtel está convocando todos os funcionários que estavam trabalhando remotamente para retornar a dar expediente na empresa. Diz o denunciante que há muitos relatos de funcionários que estão com parentes infectados o que pode gerar risco para os demais funcionários.

Veja a denúncia:

1. No dia 08/09/2020 foi publicado o decreto 1046/2020, o qual prorroga o decreto nº 834, e dá outras providências;
2. O decreto 834, determina que:


Art. 2º. Fica determinada a obrigatoriedade de estrito cumprimento das seguintes medidas, inclusive por profissionais e estabelecimentos cuja atividade é considerada essencial:
(…)
II – dispensa dos trabalhadores das atividades-meio, adotando, se possível, sistema de trabalho remoto ou domiciliar (home office);
3. Os empregados da SERCOMTEL TELECOMUNICAÇÕES S/A que laboram nas atividades meio estão trabalhando atendendo o write descrito desde o início da pandemia do COVID-19;
4. A edição do decreto foi realizada na esteira do aumento substancial de casos, o qual é público e notório dado o divulgado pelo noticiário local, sendo que inclusive nesta semana foi divulgado record no número de contaminações e especificamente no dia de hoje divulgado 05 mortes;
5. No dia 10/09/2020 foi deliberada pela diretoria da Sercomtel o retorno de todos os seus empregados ao trabalho, os que estavam em sistema de home office, bem como os que estavam em jornada reduzida por força do inciso I, do decreto 834/2020 que diz que:
I – limitação do número de trabalhadores por turno, para o mínimo necessário ao desenvolvimento das atividades-fim da empresa, inclusive mediante a criação de turnos distintos de trabalho;
5. Não houve até o momento prejuízo para a empresa denunciada a manutenção dos trabalhos em forma de home-office, ao contrário, os trabalhadores estão cumprindo suas jornadas e há significativa melhora no desempenho da corporação, até pelo aumento da demanda por banda larga no contexto da pandemia;
6. Não há motivação para para que seja realizada a volta de todo o efetivo ao trabalho presencial que valha correr o risco de contaminação pelo novo coronavírus;
7. Há relatos de contaminação de familiares de empregados da Sercomtel atualmente; Assim, requer respeitosamente de V. Sa. que, caso seja pertinente instaure procedimento de verificação da situação, eis que a
pessoa que atualmente é a responsável pela edição e signatária dos referidos decretos é a mesma que tem poder de mando sobre a corporação e, ao que parece, faz as leis para não serem cumpridas.
Valho-me aqui de um comentário muito pertinente acerca do assunto publicado por um leitor do blog pacoca com cebola, o qual deixo aqui a título de elucidação:

Todos são culpados

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7 Comments

  1. Mario Vernam

    Se realmente é verdade essa situação se torna uma incoerência completa, no período mais complicado dessa pandemia retornar o quadro é pedir complicações. Quem se responsabilizará?

  2. Luiz

    É muita imcompetência para uma empresa só.

  3. Satanás

    Antes de tudo, alguém ter um parente infectado não o impossibilita de ir ao trabalho. Basta que esse parente infectado esteja em isolamento e devidamente monitorado pelo serviço público de saúde municipal (aí quem pode responder é o burgomestre, né?!?). O que a empresa deve fazer, nesse caso, é testar se o funcionário não está contaminado antes do retorno ao trabalho presencial. Quanta à entrada do MP no caso, como a Sercomtel agora é uma empresa privada, os funcionários que se sentirem lesados em seus direitos devem, antes de tudo, acionar seu sindicato. Como tem feito o sindicato dos bancários cuja ação tem levado até ao fechamento de agências bancárias para descontaminação e o afastamento de bancários contaminados ou sob suspeita de infecção.

    1. Luiz

      Nobre amigo, até que a venda seja concluída a empresa continua sendo pública. Vá se informar melhor!

    2. Ernesto by sercomtel

      parabéns, só falou bosta.

  4. Efeito Bozo?

    Corre a boca miúda da Rádio Pião que o dono é que exigiu a volta imediata dos funcionários.

    1. Luiz

      Novo dono nada. Novo dono só quer passar o facão mais baixo possível.

      Quem ainda manda é a diretoria e seus gerentes. Gerentes aliás querem mostrar serviço pra quando a hora do facão chegar os poupar.

      Aliás, o que não é dito que teremos um diretor administrativo novo nomeado pela Copel. Estava demorando pra passar o chapéu paras as campanhas eleitorais.

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