Nem Patropi entenderia a invasão à emissora de rádio da UEL

Sei lá, entende, como diria o glorioso e famoso Patropi. (Pesquisem na internet quem era Patropi)

Li a nota divulgada pelos estudantes de Jornalismo e Relações Públicas que invadiram – eles dizem: ocuparam – a Rádio UEL FM. São contra a PEC que limita os gastos públicos.

Algumas frases me chamaram a atenção: Como estudantes de comunicação, defendemos a democratização da mídia e nos posicionamos contrariamente aos grandes meios de informação brasileiros (concentrados nas mãos de 7 famílias), que apoiaram um golpe de Estado que levou Michel Temer ao governo do país e, na maioria das vezes, manipula a informação.

Bom eu até entenderia se esse discurso fosse feito lá nos anos 80, início dos anos 90 quando não havia internet disponível para todos, e as informações só chegavam às pessoas através de jornais impressos, revistas, emissoras de rádio e tv.

Mas hoje? Parece piada.

Nunca antes na história deste país, lulisticamente falando, tantos puderam se expressar para tantos, sem depender de qualquer grande mídia. Parece que só quem repete a cantilena de que a grande mídia é a responsável por tudo o que há de ruim, é que nunca realmente prestou atenção em alguns fatos.

Vejamos: A grande mídia foi contra a eleição de Lula. Ele se elegeu. Foi contra a reeleição de Lula. Ele se reelegeu. Foi contra a eleição de Dilma, ela venceu. Foi contra a reeleição de Dilma, ela venceu de novo. E por aí vai.

Midias como o Wikileaks – sim, é uma mídia – conseguem fazer mais barulho e provocar mais transformações do que a Globo. Este simplório blog – mas nem tão modesto – tem mais leitores que a maioria dos jornais impressos do Paraná.

Veja, Folha de São Paulo, Estadão, Isto É, Globo, etc, veem dia a dia sua audiência, sua visibilidade despencar. Canais no youtube – que qualquer Zé Ruela, em quinze minutos, pode fazer – tem milhões e milhões de assinantes.

Agora, discursar pela democratização da informação e invadir uma emissora de rádio universitária, que é plural – apesar de muitas vezes ter uma programação tediosa – e querer ditar programação e o que vai ser veiculado, espanta pela incoerência até por não ser lá muito democrático.

Ah, se quiserem realmente ser democráticos, criem radiowebs na internet, blogs, portais, etc, trabalhem muiiito, divulguem suas ideias e ideais e tenham sucesso. É o melhor jeito de democratizar a informação.

E para encerrar, a educação no Brasil, ao contrário do que diz a nota dos estudantes, não vai ser sucateada, ela está sucateada. Tanto está que no ranking mundial da educação a gente está na rabeira.

Outra coisa, onde estava o impeto democratizante quando Dilma Rousseff limou R$ 10 bilhões para a educação recentemente?

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