O homem é uma metamorfose ambulante
Às vezes a administração de Londrina age como biruta de aeroporto, a cada mudança de vento, muda-se a decisão sobre o mesmo assunto.
Quando a pandemia mostrou suas garras, o prefeito Marcelo Belinati disse que sempre tomaria decisões respaldadas nas opiniões do Coesp – Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, formado por diversos profissionais da saúde.
Foi só a pressão começar e ele abandonou o Coesp em nome do seu feeling particular. Em dezembro, por exemplo, foi uma festa, praticamente tudo funcionou a todo vapor. Era óbvio que a consequência viria. Não podia peladas em campos enormes, mas estava autorizado ônibus lotados, shoppings entupidos, bares com festeiros vazando pelo ladrão.
Criançada nas escolas, nem pensar, mesmo com sistema hibrido.
Apesar de ser médico que diz respeitar a ciência, dias atrás defendeu o uso da ivermectina como preventivo ao covid-19. E disse em um post na internet: “Se mal não faz, porque não usar?”
A decisão de hoje também merece uma atenção. Enquanto o governo do Paraná e diversos órgãos estaduais decidiram trabalhar no carnaval normalmente para evitar que o funcionalismo vaze para aglomerar nas praias, Belinati vai pelo caminho inverso, decretando ponto facultativo.
O homem deve ser fã de Raul Seixas, o criador da Metamorfose Ambulante.