O ministro da Educação, o colombiano de Londrina, subiu no telhado

do Estadão

Em pouco mais de dois meses de governo, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, perdeu o escasso respaldo que possuía. Indicado para o posto como plano B a Mozart Neves Ramos, o professor colombiano passou a colecionar descontentamentos no Palácio do Planalto e agora tem como única aliada para sua manutenção na Esplanada a deputada Bia Kicis (PSL-DF).

O já frágil prestígio de Vélez no Planalto se deteriorou numa reunião realizada pouco antes do carnaval. Ao ser chamado para expor a proposta do MEC para o Nordeste, Vélez teria sugerido uma ação específica para primogênitos de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. As crianças teriam direito a um curso no Sistema S. A proposta não agradou e a exposição foi seguida por um silêncio constrangedor. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que apenas tolerava Vélez, passou a classificá-lo como um problema.

O auge da crise veio em seguida, com a polêmica, revelada pelo Estado, provocada pelo envio de uma carta a escolas pedindo que crianças fossem filmadas cantando o Hino. O episódio fez com que o ministro deixasse de lado um grupo da sua equipe que se identificava com o escritor Olavo de Carvalho para embasar decisões nas opiniões dos assessores Ricardo Roquetti e Luiz Antonio Tozi. A reação foi instantânea: de apoiadores, o grupo ligado a Olavo passou a ser oposição.

Além dos “olavistas”, militares também ajudaram no bombardeio contra Tozi e Roquetti – nomes que, para eles, impediam uma estratégia essencial: priorizar a educação básica e reduzir recursos para educação superior. (leia mais)

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6 Comments

  1. Fazendo História

    Ministro rápido e célere.
    Nem empacotou a mudança e já volta com o caminhão.
    Ricardo, o Breve Vélez.

  2. almeirão

    Nem o dono da faculdade Arthur Thomas e positivo SEGURA o homem?
    Cadê o apoio do senador Oriovisto Tamo Junto Positivo Guimarães ?

  3. Paulo

    Esse cara fez Londrina passar mais vergonha. Aliás, ninguém do meio conhece ele.

  4. Décio Paulino

    Mais um absurdo cometido pelo presidente Jair a nomeação do colombiano Ricardo Rodriguez. Escolha meramente ideológica para um ministério que exige experiência e conhecimento profundo dos problemas no sistema educacional além de boas propostas. O colombiano até agora não apresentou uma única proposta consistente para melhorar a nossa educação. O ministro Ricardo é sério candidato a coveiro da educação brasileira.

  5. De Curta Duração - Breve

    So o Briguet apoia ele. Ninguém mais.

  6. Dick

    O sr. Rodriguez perdeu a validade bem cedo. Seu ministério vai ser entregue aos pastores evangélicos para que a bancada evangélica vote no porte de armas, na reforma da previdência dos pobres e nas demais anomalias que esse governo autoritário quer impor aos brasileiros. Os demais deputados, para aprovarem essas mesmas propostas, já devem estar fazendo fila para escolher alguns carguinhos comissionados que lhes serão oferecidos e, principalmente, as verbas federais que estarão disponíveis em breve. O sr. Rodriguez volta para o limbo intelectual de onde nem precisava ter saído e o ministério da Educação vai se acabar como “ministério Neopentecostal do Santo Dízimo”.

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