Para onde irá Luisa Canziani?
E depois do turbilhão de ontem na vida da deputada Luisa Canziani o dia é de avaliar os estragos.
O primeiro é que por mais alguns dias ela será alvo da milícia bolsonarista pela vacilada de anteontem quando entrou em uma reunião do Ministério da Educação portando um microfone sem fio, que por sinal era da Rede Globo, emissora que está no top one entre os veículos mais odiados por bolsomínions e petralhas (nisso eles têm algo muito em comum).
O segundo desafio é encontrar uma nova sigla para se abrigar.
Luisa e o pai, o ex-deputado Alex Canziani, que foi apeado do comando do PTB do Paraná há alguns meses, estão conversando há um bom tempo com outros partidos. Entre os mais prováveis, o PP de Ricardo Barros, e o PSD de Ratinho Jr. Mas há ainda outras possibilidades a serem estudadas.
Óbvio que o imbróglio em que se meteu a deputada pode dificultar as coisas, principalmente entre os partidos aliados ao presidente Bolsonaro.
Mas, já dizia os antigos, é no andar da caroça (com um r mesmo) é que as abóboras vão se ajeitando.
Semana passada assisti um filme que contava a vida do cantor Wilson Simonal. Ai um grande exemplo de erro que o radicalismo pode provocar. Simonal foi um grande artista nos anos 60 e 70. Os mais velhos devem lembrar. No período do Regime foi acusado erroneamente de dedo duro. A classe artística e os meios de comunicação baniram ele e morreu sem voltar ao sucesso. Hoje todos aqueles que participaram daquilo se arrependem.
Estamos passando por tudo novamente. Caças as bruxas.
Um probleminha grave tá para estourar ou iluminar em breve.
“Quem vai às ruas contra ou a favor de Bolsonaro, como hoje, têm uma coisa em comum: nenhuma noção do que seja o povão brasileiro.”