Paulo Roberto Costa e Beto Youssef frente a frente
Curitiba — A acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que acontece desde às 10h desta segunda-feira na sede da Polícia Federal de Curitiba, está sendo comandada por policiais federais e procuradores da justiça do Ministério Público Federal de Brasília. É que a acareação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer pontos divergentes do que cada um dos dois disse em suas delações premiadas e que envolve políticos com foro privilegiado.
A audiência, que teve uma pausa para o almoço, não havia terminado até às 14h30, de acordo com um delegado da PF de Curitiba, para quem não há hora para terminar. O clima dentro da sala onde ocorre a acareação é de tensão. Um dos advogados de Youssef, Antônio Figueiredo Basto deixou a audiência antes de seu término e não quis falar com os jornalistas, contrariando sua tradicional boa vontade com a imprensa.
– Não vou falar. O processo e sigiloso.
Paulo Roberto Costa, que está em prisão domiciliar no Rio, chegou a Curitiba na noite de domingo escoltado pela PF. Youssef está detido na carceragem da Polícia Federal de Curitiba.
Um dos pontos que os investigadores pretendem esclarecer é um suposto pedido de R$ 2 milhões feito pelo ex-ministro Antônio Palocci para financiar a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010. Paulo Roberto disse que mandou Youssef entregar o dinheiro ao ex-ministro, mas o doleiro declarou, em sua delação premiada, que sequer conhece Palocci.
Outro fato que deve ser esclarecido diz respeito a uma suposta doação para a campanha da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que envolve o também ex-ministro Edson Lobão (PMDB-MA). Paulo Roberto afirmou que pediu para Youssef dar R$ 2 milhões para a campanha de Roseana a pedido de Lobão. Já Youssef alega que o ex-diretor da Petrobras pode tê-lo confundido com outro doleiro. (leia mais)
“Não vou falar. O processo é sigiloso.” Só é sigiloso quando o citado é tucano. Os advogados nem precisam falar. Os vazamentos são naturais na República do Juiz Moro.
Ué! Acabou a República? E quem é o rei? O Aécio Bafômetro Não? Algum juiz justiceiro? O Bolsonaro? O evangélico presidente da Câmara financiado por fábrica de bebidas alcoólicas? Ninguém leva a sério a dupla Veja & Moro…