PEC do Voto Impresso: Relator desempata votação e análise tem sequência

Arquivo Câmara Federal

Da Crusoé

A comissão especial voltada à discussão da PEC do voto impresso na Câmara avalia o parecer do relator do projeto, deputado Filipe Barros (foto), do PSL do Paraná, em uma sessão tomada pela tensão. Os integrantes do colegiado chegaram a analisar o adiamento do debate: o placar acabou empatado em 15 a 15 e o voto de minerva coube ao próprio Barros, que decidiu dar seguimento à deliberação.


“Não é uma matéria do presidente Bolsonaro, da deputada Bia Kicis ou do deputado Filipe. É do parlamento brasileiro. Então, tenho a total disposição e disponibilidade não só de dialogar, como de, em conjunto, avançarmos em uma proposta consensuada. Mas quero, de qualquer forma, iniciar o debate hoje, para que a gente possa saber quais são as dúvidas e críticas”, explicou Barros.
O relatório do bolsonarista recomenda a adoção de uma urna eletrônica que permita a impressão do registro do voto. O sufrágio, depois, será depositado em uma urna indevassável. No modelo, a apuração ocorrerá após a votação, nas seções eleitorais, com o uso de equipamentos automatizados de contagem de votos.
A PEC em análise foi apresentada pela deputada Bia Kicis, do PSL do DF, aliada de primeira hora do Planalto. A votação da proposta deve ocorrer somente na próxima quinta-feira, 8. Por ora, opositores da adoção do voto impresso acreditam ter maioria para barrar a medida e bolsonaristas tentam virar votos.

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Um comentário

  1. Dick

    A turma do Bolsonaro que defende o voto impresso na verdade está de olho em dois objetivos inconfessáveis: o voto de cabresto nas regiões controladas por coronéis remanescentes da UDR e o voto de cabresto controlado pelos milicianos no RJ que garantiria emprego público para a família Bolsonaro por várias eleições. A discussão do voto impresso nas atuais circunstâncias não passa de uma cortina de fumaça para esconder os interesses dos fascistas em se manter no governo mesmo após uma derrota nas urnas eletrônicas. Ninguém expressa melhor essa intenção do que as falas explícitas do genocida do Planalto que, dia sim – dia também, ameaça não reconhecer uma derrota eleitoral, especialmente, para Lula.

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