Pesquisa mostra Marcelo Belinati bem na frente. Porém, em Londrina, eleição é sempre uma caixinha de surpresa

A campanha eleitoral em Londrina ainda está longe de estar decidida, apesar de os aliados do atual prefeito pregarem que a conta é finita.

Vejamos. É óbvio que o prefeito Marcelo Belinati está com uma folga muito grande na frente dos concorrentes. Mas um número chama a atenção. Na pesquisa quando eleitor fala espontaneamente, quase 40% da população disse que ainda não definiu o voto. Em outra pergunta, 41% disseram que podem mudar o voto.

A pesquisa, do Instituto MultiCultural em parceria com a Folha de Londrina e a Rádio Paiquerê saiu hoje. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número  o nº PR-08196/2020. (veja os demais dados da pesquisa aqui)

Há componentes ainda a serem deglutidos pela população. Dois dos candidatos que aparecem na pesquisa, Emerson Petriv e Barbosa Neto tiveram suas candidaturas indeferidas e discutem na justiça se poderão continuar no pleito.

Sem eles, a disputa fica diferente. Há uma parcela expressiva da população, em especial a classe média, que estava com a tendência de votar em Belinati com medo de Petriv ir para um segundo turno.

Para onde iriam os votos dos dois candidatos se realmente estiverem fora da eleição?

Em Londrina as surpresas acontecem com alguma frequência. Vamos a alguns dos casos mais emblemáticos. Na eleição de 1992 o então candidato Wilson Moreira (PSDB) aparecia com mais de 60% das intenções de voto no início da campanha. Acabou sendo derrotado por Luiz Eduardo Cheida (PT) no segundo turno. Já em 2000 os favoritos eram Luiz Hauly (PSDB) e Barbosa Neto (PDT). O azarão Nedson Micheletti (PT) cresceu muito na votação do primeiro turno e venceu Barbosa no segundo turno.

Quer mais? Em 2012 Marcelo Belinati (PP) aparecia como franco favorito. Dançou. Alexandre Kireeff, começando a eleição com quase traço, foi para o segundo turno e venceu Belinati.

Na eleição de 2016 faltou menos de 2% para que ocorresse um segundo turno entre Valter Orsi (PSDB) e Marcelo Belinati (PP).

O fato é que as mudanças nas regras eleitorais favorecem imensamente os que estão no mandato, que usam e abusam da máquina administrativa para “divulgar ações de interesse público, ou nem tanto”. Os concorrentes têm pouquissimo espaço nas mídias para apresentar suas propostas, além de que o tempo na propaganda eleitoral foi reduzido pela metade. E a campanha oficial também ficou muito menor.

Mas, como diz o eterno peladeiro, o jogo só termina quando acaba. Sempre há espaço para boas surpresas.

 

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