PF prende presidente da Fecomércio Rio. Acusação: desvio de dinheiro

do G1

Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta sexta-feira (23), o presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Entre os desvios investigados, está a contratação de funcionários fantasmas com dinheiro destinado ao Sesc e ao Senac. Outras três pessoas são alvos de mandados de prisão.

As principais suspeitas:

  • Contratação de funcionários fantasmas com recursos destinados ao Sesc/Senac
  • Contratação do escritório da mulher de Cabral em condições suspeitas
  • Lavagem de R$ 3 milhões por meio de operador financeiro de Cabral
  • Pagamentos suspeitos de R$ 180 milhões a escritórios de advocacia.

Além de presidente Fecomércio-RJ, Diniz também é presidente afastado do Sesc-Rio. Ele foi afastado do comando do Sesc em dezembro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de irregularidades no comando dessa entidade.

A Lava Jato tem indícios de que, mesmo afastado do Sistema S – nome dado às organizações como o Sesc e o Senac e que são bancadas por contribuições de empresas – Orlando usava sua influência para atrapalhar a gestão atual. Os principais alvos desta operação, entretanto, estão relacionados à Fecomércio-RJ.

Além de Diniz, preso preventivamente (sem prazo para liberação) são alvos de mandados de prisão temporária (por cinco dias, prorrogáveis) Plínio José Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeida e Marcelo Fernando Novaes Moreira. Até as 8h15, havia a confirmação da prisão apenas de Plínio José. Segundo o MPF, eles são funcionários da Fecomérico-RJ.

Os investigadores apuram indícios de que Diniz usou o esquema de lavagem montado pela organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral para lavar dinheiro. De acordo com o Ministério Público, Diniz teria utilizado Álvaro Novis, mesmo doleiro da organização criminosa de Cabral, para movimentar quantias de origem ilícita.

Segundo a investigação, as contratações fantasmas foram feitas a pedido de Cabral, e auxiliaram o ex-governador a aumentar a propina que era regularmente distribuída aos seus operadores mais próximos e seus parentes, num esquema que movimentou mais de R$ 7,5 milhões.

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Um comentário

  1. Dick

    Mais um moralista sem moral indo pro saco. Quá! Quá! Quá! O que a notícia não diz (Óbvio, o G1 é da Globolixo!) é que boa parte do dinheiro do Fecomércio/SESC administrado pelo detido ia para os bolsos das celebridades da Globo que eram contratadas para dar palestras e, principalmente, descer o cacete no governo Dilma. Só o Merval Pereira, notório golpista e incansável defensor de um governo de “união nacional” sob a “liderança” do Michel Temer, recebeu quase R$ 400 mil. Quá! Quá! Quá!

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