Polícia cumpre mandados contra executivos da JBS

O ex-procurador da República Marcello Miller depõe na Procuradoria Regional da República da 2ª Região, centro do Rio de Janeiro – 08/09/2017 (Mauro Pimentel/Folhapress)

da REvista Veja

A Polícia Federal está nas ruas da manhã desta segunda-feira para cumprir mandados relacionados ao acordo de delação premiada da JBS. Os agentes cumprem ordens de busca e apreensão nas casas do ex-procurador Marcelo Miller, do empresário Joesley Batista e do diretor da JBS Ricardo Saud.

A ação foi batizada de Operação Bocca, segundo a PF, em uma referência à Bocca della veritá, escultura romana que serviria como “detector de mentiras”. Segundo lendas da idade média, a boca da escultura se fecharia se alguém dissesse alguma mentira com a mão, o que teria sido usado no passado para “provar” veracidade. Ao todo, são cinco mandados de busca e apreensão, quatro em São Paulo e um no Rio de Janeiro

Os três tiveram as prisões pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a divulgação de um novo áudio, um diálogo entre Joesley e Saud em que os executivos dão a entender que omitiram informações importantes no acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. Apesar da suspeita de que Marcelo Miller tenha assessorado a JBS enquanto ainda era procurador, o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, se limitou a decretar as prisões de Joesley e Saud.

Diante do exposto por Janot, Fachin concordou que há indícios de que os delatores entregaram provas de maneira “parcial e seletiva” e que isso é motivo para suspender os benefícios da delação recebido por eles, que incluíam imunidade total contra as investigações. O ministro do STF determinou que fossem presos de forma temporária, com duração inicial de cinco dias. (leia mais)

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