Rossoni, braço direito de Richa, é investigado em caso de desvio de verba milionária

Da Folha de São Paulo

Caputo, Richa e Rossoni

A Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Paraná investigam o envolvimento do braço direito do governador Beto Richa (PSDB), o também tucano Valdir Rossoni, num esquema de corrupção que teria desviado ao menos R$ 17 milhões da construção de escolas estaduais. Rossoni é chefe da Casa Civil do Paraná.

As investigações sugerem que havia um conluio entre poder público e iniciativa privada para desviar recursos da Educação, atingindo verbas federais e estaduais. As construtoras contratadas fraudavam as medições de desenvolvimento das obras por fiscais para conseguir a liberação de recursos da secretaria.

O secretário nega envolvimento em irregularidades.

Os projetos quase não saíram do papel. Paralisadas, as obras afetam a vida de pelo menos 50 mil estudantes, segundo o Ministério Público.

A reportagem teve acesso a documentos em análise na Procuradoria. São indícios reunidos por funcionários da construtora Valor –principal agente dos desvios–, que agora colaboram com a Justiça. O caso corre em sigilo.

Segundo a apuração, uma das empresas investigadas operava no mesmo endereço do escritório político de Rossoni, no edifício Palladion.

No 20º andar, funcionava a PB Construtora, empresa de fachada do mesmo dono da Valor, segundo registro na Junta Comercial. A PB, porém, não está nos arquivos do prédio comercial.

No registro de imóveis, o escritório de Rossoni estava em nome da empresa J4RL Holding, de Jeferson Furlan Nazário. Ele é dono da Embrasil, que presta serviço de segurança na Assembleia Legislativa do Paraná desde 2011 –início do mandato de Rossoni na presidência da Casa. O contrato foi prorrogado, sem licitação até 2016, ano em que a Embrasil venceu uma concorrência para manter o serviço.

A PB teria funcionado entre julho de 2013 e dezembro de 2014. A suspeita é que Rossoni também usaria a sala nesse período.

Ele alugou o imóvel três meses depois, com Nazário como fiador. O contrato acabou quando Rossoni foi para a Casa Civil, mas funcionários do prédio afirmam que ele continuou usando a sala.

A J4RL recebeu pelo menos três pagamentos da Valor em abril, maio e junho de 2012, que somam R$ 10 mil. O motivo dos depósitos também está sendo investigado.

As primeiras obras da construtora começaram e foram concluídas em Bituruna, reduto eleitoral de Rossoni, quando seu filho, Rodrigo Rossoni, era prefeito. A partir de então, a empresa começou a vencer licitações do governo estadual.(leia mais)

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3 Comments

  1. Sergio Silvestre

    Tá custando cair a casinha do Beto Richa e seus dois lalaus preferidos.

  2. Ricardo Paulista

    Esse aí é um dos bravos combatentes da corrupção petista. Na verdade, mais um moralista sem moral. Não é à toa que o PSDB se uniu ao grupo do Temer para controlar os negócios do governo. Agora sim é que vamos ver o que é corrupção feita por profissionais…

  3. Rafael Levi

    Mas o Rossoni não é o único suspeito de se servir do dinheiro que o governo federal (na época a presidente era a Dilma) mandava para o Paraná para construir escolas. Só pra refrescar a memória (principalmente dos tucanos que vivem acusando o PT de ser corrupto), acompanhando o Rossoni estão as seguintes personagens: Beto Richa, Pepe Richa, Ademar Traiano, Plauto Miró e Durval Amaral. Aliás, faz mais de um ano que o MP denunciou a gatunagem na Operação Quadro Negro. Por enquanto, só blá blá blá… Será que a Operação Quadro Negro vai ter o mesmo destino que o Mensalão Tucano que até hoje não pôs um único bicudo em cana?!?

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