Sobre a nobre vontade de ter um baita salário acima do que ganha o prefeito

Caro jornalista, em relação ao rolo da Procuradoria, vale você esclarecer uma situação para o público inocente: n’O Londrinense (http://olondrinense.com.br/gepatria-investiga-caso-dos-procuradores-do-municipio/), a PGM informa que “que a notícia apresentada pelo Sindserv já foi analisada pela Corregedoria Geral do Município e concluiu que os atos da PGM “observaram o regramento objetivo” e que “a Corregedoria Geral do Município já analisou a notícia apresentada pelo Sindserv e concluiu que os atos da PGM observaram o regramento objetivo editado por meio de decreto municipal.”

Observe o que é a Corregedoria na lei municipal 8834 (http://www2.cml.pr.gov.br/cons/lnd/leis/2002/L08834.htm#a5III):
Art. 5º A estrutura administrativa dos órgãos mencionados no artigo anterior compreende, no máximo, as seguintes unidades organizacionais:
(…)
III – Procuradoria-Geral do Município:
(…)
f) corregedoria-geral.

Ou seja, quando se diz que “a corregedoria analisou”, diz-se que “um órgão INTERNO DA PRÓPRIA PROCURADORIA E SUBORDINADO AO PROCURADOR GERAL analisou”.

Acho que vale a quizumba que isso causaria, não sei nem se o próprio MP já se tocou disso. Apesar que no final não vai dar nada.

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2 Comments

  1. Satanás

    É a ambição daquela turminha do Primeiro Planalto chegando aos jecas do Terceiro Planalto. Este episódio me trouxe à lembrança uma reivindicação dos procuradores de um município cujo nome não me lembro. Se não me lembro do santo, do milagre não me esqueço. Os procuradores desse município reivindicavam, quando recuperavam na justiça algum valor devido por algum contribuinte, os honorários de sucumbência. Além dos salários, esses procuradores queriam um extra que, em alguns casos, poderia ser superior à totalidade dos salários recebidos durante um ano inteiro. Aí nenhum procurador queria causa pequena, só as milionárias!

  2. Leandro

    O Sindserv parece não se conformar com o fato de não ter os procuradores municipais entre seus « servos » (e consequentemente não receber % da sua remuneração), além de sistematicamente se defrontar com pareceres jurídicos e defesas judiciais de qualidade, contrários aos seus pleitos. Aí o jeito é começar a criar factóides, com o apoio covarde da administração (leia-se, técnicos inconformados em não receber o mesmo tratamento) e de alguns « jornalistas » especializados em disseminar fofocas. Todo o apoio aos procuradores!

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