Suspeita de subnotificação no Paraná
Do G1
O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Paraná é cerca de três vezes maior desde março de 2020 do que foi registrado no mesmo período dos anos anteriores, segundo dados do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo o monitoramento, mais de 1,8 mil pessoas foram internadas com síndromes respiratórias no Paraná entre 1º de março e 11 de abril. Na média dos dois anos anteriores, foram registradas 442 internações por SRAG – foram 502 em 2019 e 383 em 2018.
O InfoGripe reúne as informações de todas as pessoas internadas com doenças respiratórias no país.
Subnotificações de Covid-19
O aumento aponta para a possibilidade de subnotificação de casos de coronavírus, uma vez que o mesmo levantamento aponta que 173 internamentos foram de pessoas com diagnóstico confirmado de Covid-19.
“Você pode inferir que essa diferença a partir do começo de março se refere à Covid-19”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Clóvis Arns da Cunha.
O perfil dos internados com síndromes respiratórias reforçam essa possibilidade.
Em 2019, os idosos representaram um em cada cinco pessoas internadas com pneumonia no Paraná. Em 2020, um a cada três pacientes são idosos, segundo o InfoGripe.
“Condiz com o perfil dos pacientes com Covid-19 que evoluem para o estado grave”, afirmou o presidente da SBI.
Paraná teve 1,3 mil internações por síndromes respiratórias a mais do que a média desde março de 2020 — Foto: Reprodução/RPC
Mortes sem especificação
Segundo os dados do boletim epidemiológico da gripe divulgado pela Sesa, de 15 de março a 17 de abril, o Paraná teve 229 mortes por “síndrome respiratória não especificada”.
O número representa 77% das mortes por síndromes respiratórias no estado no período.
De acordo com o boletim do coronavírus publicado pela Sesa, 42 mortes tinham sido confirmadas com diagnóstico de Covid-19 até o mesmo dia.
No acumulado do ano de 2020, o número de mortes por síndromes não especificadas é pelo menos três vezes maior do que nos anos anteriores, segundo os dados do boletim.
Segundo a Sesa, a classificação não especificada é usada para todos os casos onde não houve coleta ou nos casos onde os vírus não foram identificados devido a ter um número limitado de vírus pesquisados.
“Muitas vezes também ocorre a não identificação por outros fatores como: problemas na coleta do material, fase da coleta muito precoce ou tardia, má conservação ou má qualidade, ou mutação do vírus. Ou outro agente que não seja vírus”, informou a secretaria.
Segundo o presidente da SBI, Clóvis Arns da Cunha, os testes para identificação da Covid-19 podem ter até 40% de diagnóstico “falso negativo”, o que pode explicar a diferença entre os casos confirmados da doença e os casos não especificados.
“São casos prováveis de coronavírus que dependeriam de um segundo teste para ter a comprovação”, afirmou.
De acordo com o médico, com a chegada de novos testes rápidos distribuídos pelo Ministério da Saúde às secretarias estaduais, será possível testar novamente pacientes com sintomas de Covid que os testes laboratoriais apontaram como negativo.
Segundo o boletim da Sesa de segunda-feira (20), 9,5 mil testes laboratoriais foram feitos no estado e 8 mil deram resultado negativo e 447 estão em investigação.
Suspeita? Podemos ter certeza. E quantos em Londrina estão internados também com o diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave? E quantos já morreram? Com certeza muitos destes não foram testados para coronavírus e estão fora das estatísticas oficiais de vítimas da peste.
Não concordo seo Décio. Os números em londrina está sim de acordo com os óbitos. No AM e PA as utis estão lotaddas e parecem outros países. Mas no sul o controle é bmaior fora sp e rj. Está exagerando. O Paulo Preto está preso na Lava Jato. Fora os amigos do Beto Richa o homem do porrete.