Tão transparente

Por Antonio Santiago

Conheci o Marcelo BELINATI em 2003. Eu era diretor do Hospital Anísio Figueiredo (HZN) e ele médico socorrista do estado, que tinha a base lá. Muito simpático e carismático a gente falava sempre sobre política e da sua intenção em se candidatar a vereador, aproveitando do sobrenome famoso, para o bem e para o mal. Ele se elegeu em 2004 e eu saí do hospital em 2006. Saí de Londrina e perdemos contato. Mas de longe acompanhei a meteórica carreira política do jovem médico. Vereador, deputado federal e agora prefeito.

À distância, vi ele negar o sobrenome do tio famoso e dizer não estar preocupado com as críticas e que queria mesmo era receber elogios do todo poderoso, coisa que não ocorreu até agora, não que eu saiba, pelo menos.

Revoltou a cidade com o aumento do IPTU e se aliou a Ricardo Barros, ex-“sinistro” da Saúde. Sua popularidade, pelo que sei, anda em baixa e ainda por cima tem uma “boca aberta” fungando no seu cangote. Agora se vangloria de Londrina ser a cidade a ter a administração mais transparente do Brasil. O perigo, Marcelo, é ser tão transparente que ninguém a veja.

Antonio Santiago, jornalista e ex-comunista

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2 Comments

  1. Satanás

    Pra quem se aliou a Cunha na Câmara Federal para entregar a presidência do país a Temer e seu “grupo”, ser aliado de Ricardo Barros é “café pequeno”, inclusive porque os dois militam no mesmo partido, o PP.

  2. Décio Paulino

    Sr. Santiago, também já fui comunista. Por pouco tempo mas já fui. Explico. No ginásio, meu diretor era também pastor e vereador da Arena. No aniversário da “revolução de 64” ele sempre botava a gente em fila, a gente cantava o Hino Nacional e ele fazia um vigoroso discurso defendendo aquilo que mais tarde seria chamado de golpe ou ditadura. Nunca prestava atenção ao falatório do diretor até que ele berrou. Sabe quem sustenta os comunistas no Brasil? (Silêncio) O ouro de Moscou. Sim, os comunistas brasileiros vivem porque os comunistas de Moscou mandam ouro pra eles. Meses depois, na aula de educação moral e cívica, a professora perguntou aos alunos o que queriam ser no futuro. Na minha vez fui direto: – Quero ser comunista e receber ouro de Moscou. O sermão da professora foi longo. Dois dias depois, cheguei em casa e meu pai me esperava com o fio de ferro sobre a mesa. Então o senhor quer ser comunista, não é?. Não deu tempo de dizer que tinha acabado de virar ex-comunista como o senhor e minha mãe não ia ganhar nem uma grama de ouro. Malafaia não sabe mas ele trouxe a solução para o meu trauma. Hoje vibro quando me chamam de esquerdopata!

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