Tedeschi na Sercomtel. A solução é técnica ou política?

E o possível novo presidente da Sercomtel, o engenheiro Cláudio Tedeschi, foi entrevistado pela jornalista Raquel Rodrigues, da CBN.

Um sercomteliano – é assim que se fala? – ouviu atentamente a entrevista e enviou suas ponderações:

Tedeschi na Sercomtel. A solução é técnica ou política?

Os presidentes da Sercomtel sofrem de um mal comum. Eles gaguejam quando são entrevistados pela jornalista Raquel Rodrigues da CBN Londrina.

Hoje foi a vez de Cláudio Tedeschi, gaguejar na CBN.

Mas antes de falar sobre a entrevista de Tedeschi, é preciso lembrar que o também Acil , Luiz Carlos Adati, respondeu perguntas no MP por dizer na CBN que a Sercomtel fazia “pedaladas fiscais”, e quando chamado para explicações na promotoria, argumentou que foi mal interpretado, e que recorreu a uma força de expressão para dizer que a Sercomtel parcelava, legitimamente, o pagamento de impostos.

A entrevista de Tedeschi na CBN, lembra as entrevistas de Adati, ou seja uma confusão danada.

Os dois dizem desconhecer o negócio da Sercomtel em profundidade, mas que ouvirão os técnicos e utilizarão do bom senso e das habilidades políticas para construção de pontes entre Anatel-Copel-Prefeitura.

Tedeschi foi contraditório quando disse que a Câmara Municipal deve aprovar a lei do cheque em branco, (que autoriza o Município privatizar a Sercomtel sem o aval do Legislativo), para permitir à telefônica o encaminhamento de uma solução técnica, mas no final da entrevista disse que a solução definitiva é política entre Anatel-Copel-Prefeitura.

A comparação entre Tedeschi e Adati é inevitável, principalmente quando afirmam que a Copel fez uma consultoria de nível internacional, que apontaria os caminhos da Sercomtel, mas que ainda não tiveram acesso ao conteúdo do estudo.

Aliás, esse era o bordão de Adati “Estamos aguardando o estudo da consultoria internacional, contratada pela Copel, que apresentará os melhores caminhos para a Sercomtel”.

É preciso aguardar ainda se Tedeschi preencherá os requisitos da Lei das estatais.

Belinati prometeu em correspondência à Anatel, a indicação para Sercomtel de um executivo de mercado, com experiência em telecomunicações e passagens por grandes teles.

Se o prefeito não cumpre o que escreve à Anatel. Como a Anatel acreditará em novas promessas?

Tedeschi comemorou ainda que a Anatel concordou com a venda do terreno da telefônica na avenida Higienópolis, e disse que este foi um voto de confiança da Anatel à Sercomtel.

Talvez Tedeschi não saiba, mas a agência tomou uma decisão técnica, de que os bens não utilizados na prestação do serviços de telecomunicações, podem ser vendidos.

Tedeschi será o terceiro presidente da telefônica da gestão Belinati. O tempo médio de duração na cadeira são 12 meses.

Tedeschi finalizou a entrevista dizendo que está confiante na sua capacidade de interlocução política para solução dos problemas da Sercomtel.

Fica a dúvida, a solução é técnica ou política? Tedeschi será um técnico, como Müller, ou político, como Belinati?