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Cláudio Osti

Melina Fachin, diretora do curso de Direito da UFPR, é agredida na rua após incidente com Kilter e Chiquini

4 comentários

do portal Plural

A professora Melina Girardi Fachin, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi agredida nesta sexta-feira (12), em Curitiba, na Praça Santos Andrade. Segundo informações de seu marido, o advogado Marcos Gonçalves, o agressor, um homem branco que não se identificou, cuspiu na professora e a chamou de “lixo comunista”.

A agressão aconteceu quatro dias depois de um confronto no prédio histórico da UFPR, onde fica o curso de Direito. No terça-feira (9), mesmo depois de terem sido informados que sua palestra havia sido cancelada, o vereador Guilherme Kilter (Novo) e o advogado Jeffrey Chiquini, ambos ligados à extrema direita, insistiram em entrar no prédio e tentar chegar ao Salão Nobre – cuja entrada estava barrada por centenas de estudantes e manifestantes.

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Indignados com a palestra prevista para aquela noite, cujo tema anunciado eram o Estado Democrático de Direito e supostos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e dos demais réus condenados dois dias depois por tentarem dar um golpe de Estado no Brasil. Embora não tenha participado diretamente dos fatos, Melina Fachin entrou na mira dos extremistas da direita tanto por ser diretora da faculdade quanto por ser filha de Edson Fachin, ministro do STF.

Em sua postagem nas redes sociais, Marcos Gonçalves afirma que o ato de violência contra a professora “é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo da extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”.

Depois do cancelamento de sua palestra, o vereador Guiulherme Kilter anunciou que está processando Melina Fachin e o reitor da UFPR, Marcos Sunyê, pela nota divulgada pela universidade, em conjunto com o Setor de Ciências Jurídicas. A nota relatava o cancelamento da palestra e narrava a entrada forçada de Kilter e Chiquini na UFPR, inclusive empurrando o vice-diretor da faculdade, professor Rui Dissenha.

Melina Fachin, diretora do curso de Direito da UFPR, é agredida na rua após incidente com Kilter e Chiquini
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4 comentários

  • Engraçado que só existe extrema de direita. Os esquerdistas que bloqueiam a entrada de pessoas na faculdade que não permite uma palestra sobre uma outra visão do Direito ( que parece estranho no direito só pode ter um lado da história ), o que se assemelha a ditadura. Estes são o quê?? Esquerda moderada?

  • Ivan Luiz Pauli

    Estranho (ou não) indicar o ocorrido contra os palestrantes de incidente e os seus algozes (houve agressão, cárcere privado e furto de celular) de estusantes e manifestantes, enquanto o ocorrido com a professora é intitulado de agressão.
    Por óbvio nenhuma agressão é aceitável, mas o viés de tratamento sub-valorizado em relação aos descalabros cometidos pela esquerda radical que se apossou de nossa academia e, do outro lado, a urgência em estigmatizar quaisquer eventos isolados advindos da elementos com pensamento opositor, está por demais escancarada.
    Menos viés, Cláudio, mais equilíbrio, por favor.

  • Jordão Bruno

    É a extrema-direita sendo o que ela sempre foi: autoritária e violenta. Esses extremistas vendem aos incautos a ideia de que eles são vítimas da violência política, todavia, no mundo inteiro, as estatísticas provam que os extremistas de direita estão no topo das agressões políticas, dos discursos de ódio e dos assassinatos de adversários políticos. Com a condenação do ex-presidente, a extrema-direita brasileira continua seu ataque às instituições democráticas e a todos os que ela considera seus inimigos, dando assim continuidade do seu golpe tentado que foi contido pelas forças democráticas e populares.

  • É INACEITÁVEL essas agressões estúpidas de ignorantes que sem projetos para a sociedade tem como único argumento chamar de comunistas quem defende os Direitos Humanos e a empatia com a sociedade menos favorecida, chamar de comunistas é motivo de agressões desde 1935, que seguiu 15 anos de ditadura Vargas, a história mostra que a Extrema Direita não vence eleições e quer prevalecer no Berro, é urgente que a racionalidade se restabeleça. NADA COMO ELEIÇÕES A CADA DOIS ANOS.

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